A CPI da Pedofilia conclui na próxima terça-feira um relatório sobre o caso do padre José Afonso Dé, 74, acusado de molestar adolescentes em Franca (400 km de São Paulo).

Ontem, o senador Romeu Tuma (PTB-SP), vice-presidente da CPI, esteve na cidade para conhecer o inquérito.

Tuma afirmou defender que o padre deve ser ouvido em Franca e não descarta a acareação entre o religioso e os jovens que teriam sido abusados.

“A delegada ficou convencida dos depoimentos e não sentiu necessidade de um confronto. Eu acho necessária [a acareação] e que deve ocorrer na cidade em que os fatos ocorreram”, afirmou Tuma.

Segundo o senador, as supostas vítimas devem ser ouvidas por uma equipe especializada, com a presença de um psicólogo, para serem preservadas. Além dos jovens, o senador afirmou ser importante ouvir os pais dos envolvidos.

Ontem, Tuma visitou a delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), Graciela Ambrósio, para pegar detalhes do inquérito policial do caso e, em seguida, se reuniu com o promotor José Lourenço Alves, para conhecer a denúncia.

Apesar do número de casos recentes envolvendo religiosos, o senador destacou que é preciso separar a Igreja da pedofilia. “A pessoa que pratica isso [abusos com crianças e adolescente] é criminosa e a Igreja não tem nada com isso.”

A investigação dos supostos abusos cometidos pelo religioso de Franca teve início em março depois de uma denúncia de que ele teria abusado de quatro meninos com idades entre 13 e 16 anos. Depois, outras cinco pessoas depuseram na DDM acusando o padre de abusos.

O padre Dé foi indiciado por estupro de vulnerável e ato libidinoso mediante fraude. Ele nega as acusações e afirma que pode ter sido mal interpretado pelos jovens por ser “afetivo”.

Fonte: Folha Online

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