Um ano depois do fim do conflito entre Israel e a milícia libanesa do Hisbolá, o presidente da ONG espanhola Mensageiros da Paz, o padre Ángel García, avalia que as coisas não mudaram muito no Líbano.

“Há muita destruição, muitas pontes sem ser reconstruídas. As pessoas, especialmente as crianças, continuam com medo”, disse o sacerdote, em entrevista à Efe.

Ele passou dois dias no Líbano distribuindo 15 toneladas de brinquedos a orfanatos, hospitais, escolas e campos de refugiados palestinos na capital, Beirute, e também no sul e nordeste do país.

“Quando chegávamos aos lugares que visitamos, parecia que as crianças viam os Reis Magos. Seus rostos se transformavam”, contou.

O padre retorna hoje à Espanha na companhia das crianças Ali Badre Eddin, de 5 anos, e Amina Abu Allawi, de 4. Ele espera conseguir tratamento médico para as duas vítimas do conflito.

Ali é um menino que sofreu a amputação de suas pernas e parte de um braço após sofrer uma estranha afecção. Após uma excursão ao campo, ele voltou com febre e dores. Em pouco tempo, seus pés e mãos começaram a ficar negros. Como a necrose avançava, os médicos viram como única possibilidade amputar as extremidades.

O caso de Ali, embora estranho, não é o único nos últimos meses no Líbano. Não há provas científicas, mas muitos atribuem o problema a algum elemento químico ou mineral presente no armamento utilizado nos combates de julho e agosto de 2006.

Amina sofre uma rara e grave doença em seu sistema circulatório.

O sangue não chega a diversas partes de seu organismo, o que leva à perda de órgãos e membros.

Fonte: EFE

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