O padre italiano Giancarlo Bossi, libertado ontem à noite após 40 dias em cativeiro, declarou hoje que deseja voltar a exercer o sacerdócio em Payao, a paróquia da ilha de Mindanao onde foi seqüestrado.

“Minha intenção é voltar, mas não acho que meus superiores vão permitir. Payao é especial para mim. Minha casa é ali, com o povo de Payao, portanto espero voltar”, disse Bossi à rádio filipina “dzBB”.

O religioso, que perdeu cerca de cinco quilos durante o seqüestro, declarou que tinha sido bem tratado pelos seqüestradores e que nunca temeu por sua vida.

Ele acrescentou que os seqüestradores se identificaram como membros do grupo radical islâmico Abu Sayyaf. Mas hoje a Polícia filipina confirmou que eles pertencem a uma dissidência da Frente Moro de Libertação Islâmica, a principal guerrilha separatista das Filipinas.

Também hoje, a Polícia afirmou que nenhum Governo ou instituição pagou resgate aos seqüestradores. O sacerdote foi libertado ontem à noite no povoado de Karumatan, na província de Lanao do Norte.

O comandante policial na região, o superintendente Jaime Caringal, declarou que a libertação foi resultado das negociações mantidas por um ex-prefeito da ilha de Basilan, ao sul da península de Zamboanga, com os seqüestradores, identificados como “comandante Idi” e “comandante Abu” A libertação foi anunciada na Itália pelo primeiro-ministro, Romano Prodi.

Membro do Instituto Pontifício de Missões no Estrangeiro, Bossi foi capturado por 12 homens armados em 10 de junho, em Payao.

Fonte: EFE

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