A polêmica página com charges de Maomé que levou o Facebook a ser bloqueado no Paquistão está de volta ao ar.

No início da semana, a página “Dia de todo mundo desenhar Maomé”, na tradução em português, que convidava seus participantes a exibir charges do profeta fundador do islamismo no dia 20, deixou de ser exibida, gerando especulações sobre as razões de seus responsáveis para deixar de exibi-la. Em um post, na página, um dos moderadores disse que tirou-a do ar depois que seu e-mail e a conta no Skype foram hackeados e seus dados pessoais, revelados.

“Isso é outra tática do medo de extremistas islâmicos”, acusou o post. “Não vamos nos dobrar”.

Com 108 mil mil seguidores e mais de 11,7 mil posts, a página, além de publicar as charges, se transformou em um fórum de debates a respeito da liberdade de expressão e do islamismo. Os moderadores alegam que foi criada em resposta às ameaças feitas aos criadores do desenho South Park por extremistas islâmicos depois da exibição de um episódio que ridiculariza Maomé. Buda e Cristo também são satirizados no mesmo desenho.

Também no Facebook está no ar a página “Contra o Dia de todo mundo desenha Maomé”, que conta com 192 mil participantes.

No sábado passado, a Autoridade Paquistanesa de Telecomunicações (PTA, na sigla local) ordenou às operadoras do país que bloqueassem o Facebook. Uma semana atrás, o YouTube já havia sofrido o mesmo tipo de sanção por exibir conteúdo “sacrílego”. Outros 450 sites também estariam sob bloqueio.

O Facebook já anunciou que não irá tomar nenhuma ação para bloquear a página e voltar a ser liberado no Paquistão. A PTA anunciou que ainda assim pretende negociar com o site de relacionamentos e com o YouTube uma solução para a questão.

Fonte: Terra

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