Empresária morta foi atraída para a morte por um pai de santo conhecido da vítima há 17 anos, afirmou a polícia.

A empresária de Canoas (região metropolitana de Porto Alegre) que foi encontrada morta e enterrada em uma área de reflorestamento de eucalipto de uma empresa produtora de papel em Guaíba (33 km de Porto Alegre) foi atraída para a morte por um pai de santo conhecido da vítima há 17 anos, afirmou a polícia.

Solange Alves da Silva, 53, desaparecida desde janeiro, tinha envolvimento com Sinval Nunes, 43 –que teve a prisão preventiva decretada e está foragido–, um pai de santo que prestava trabalhos religiosos à empresária. Nunes se aproximou de Silva ao dizer que ele era a reencarnação de um filho que ela havia perdido ainda criança.

Ela teria sido chamada ao local onde seu corpo foi encontrado para a realização de um trabalho que lhe garantiria “segurança financeira”. Durante o encontro, o pai de santo assassinou a mulher, segundo versão da polícia. Com a ajuda de José Natalício, 25, e Elton Corrêa, 23, Nunes teria cavado a cova e concretado o corpo da mulher. Os dois suspeitos estão presos e negam participação no crime.

“Eles atraíram a vitima até o local e decidiram assaltá-la. Atacaram a mulher que, ainda com vida, foi enterrada”, afirma o titular da delegacia de Eldorado do Sul, Rodrigo Zucco.

A partir daí, o pai de santo teria falsificado um cheque da empresária e realizado um saque de R$ 27 mil, enquanto seus comparsas usavam os cartões de crédito da vítima.

A laje em que o cadáver foi concretado estava envolta por uma corrente e um cadeado, além de dois caixões pretos de madeira, de aproximadamente 10 centímetros, e com cruzes vermelhas. O corpo de Silva foi encontrado com uma capa preta.

A polícia de Eldorado do Sul chegou até o corpo ao investigar o assassinato de um jovem de 22 anos em junho. Ele havia dito aos pais que conhecia o lugar onde seus amigos haviam enterrado uma mulher viva. A partir desse relato, os policiais fizeram uma busca no local, encontraram o corpo e coletaram seu DNA.

Paralelamente, pesquisaram os registros de desaparecimento da região metropolitana de Porto Alegre desde o início do ano. A partir de então, monitoraram a movimentação financeira das contas de Silva, e chegaram até os dois suspeitos. “Para nós, está clara a participação dos três acusados”, relata o delegado.

A polícia aguarda o resultado da perícia no corpo para identificar a causa da morte da empresária e se, de fato, ela foi enterrada ainda com vida.

A pena de latrocínio (assalto seguido de morte) é de 30 anos de prisão. Além disso, os envolvidos podem ser indiciados por ocultação de cadáver e estelionato.

[b]Fonte: UOL[/b]

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