O casal Nigel e Sally Rowe afirma que seu filho de seis anos voltou da escola dizendo estar confuso sobre “por que um menino agora era uma menina”. Era uma criança identificada como sendo de “gênero não-binário” que alternava entre vestimentas ligadas aos estereótipos masculinos e femininos.
O casal resolveu tirar o filho da escola primária da Igreja da Inglaterra na Ilha de Wight e acabaram optando por educá-lo em casa.
Anteriormente o filho mais velho de Nigel e Sally também tinha sido tirado da mesma escola quando uma das colegas dele assumiu-se uma garota trans. Eles se opõem à adoção pela autoridade local da Orientação para Transgêneros das Escolas da Cornualha, que tem como objetivo oferecer aconselhamento inclusivo a professores e governantes sobre a vivência das pessoas trans e melhorar o serviço de educação para alunos transgênero.
Com o apoio do Christian Legal Center, os Rowe entraram com uma ação judicial contra o governo. Eles insistem que é “imoral” para as crianças tomarem decisões “transformadoras” — como usar um vestido, por exemplo.
Ao The Times, Nigel disse que acha que a orientação deveria ser trocada por algo que “proteja as crianças de materiais partidários que as levam por um caminho de danos irreversíveis”. Ele acrescentou ainda que: “Meninos são meninos e meninas são meninas … Tomamos essa atitude com o coração pesado, mas vendo como esse problema aumentou, nos sentimos justificados e acreditamos que o governo deve ser desafiado”.
Sua esposa Sally complementou. “Crianças de seis anos não são capazes ou mesmo autorizadas a tomar decisões sobre votar ou fazer uma tatuagem, por exemplo – é, portanto, imoral pensar que eles podem tomar tais decisões de mudança de vida em uma idade tão jovem”.
Um porta-voz do Departamento de Educação declarou ao The Times que reconhecem “que as questões relacionadas à identidade de gênero podem ser complexas e delicadas. As escolas estão em melhor posição para trabalhar com pais, alunos e serviços públicos para decidir o que é melhor para cada criança – e o que é melhor para todos os outros alunos da escola”.
Fonte: Último Segundo