O pontífice fez estas declarações em uma missa celebrada na capela da Casa Santa Marta, onde se encontra alojado.

O papa Francisco declarou nesta quarta-feira que a Igreja não pode assumir o papel de “babá” dos cristãos, que estes têm que descobrir a responsabilidade do que significa ser batizados e que devem defender o Evangelho com coragem, “inclusive sem segurança e entre perseguições”.

O pontífice fez estas declarações em uma missa celebrada na capela da Casa Santa Marta, onde se encontra alojado. Durante o ato, o papa Francisco ressaltou que ser cristão “não é uma carreira, como direito ou medicina”, e assegurou que a potência do batismo dá aos cristãos a coragem de proclamar Cristo sob qualquer condição.

Além disso, o papa lembrou que os primeiros cristãos tinham “apenas” a força do batismo e que, após as primeiras perseguições, foram obrigados a deixar suas casas.

“Levaram poucas coisas. Não tinham segurança, mas foram de lugar em lugar anunciando a Palavra de Deus. Levavam consigo a única riqueza que tinham: a fé. Eram simples fiéis, quase não batizados, mas tinham a coragem de ir e proclamar”, assinalou o papa.

O pontífice também questionou os fiéis presentes para saber se os cristãos de hoje “têm essa mesma força ou esperam que o sacerdote ou o bispo lhes digam o que há de ser feito” e disse que é necessário “ser fiéis ao Espírito Santo para proclamar Jesus com vida, com testemunho e com palavras”.

“Quando fizermos isto, a Igreja se transforma em uma mãe que cria filhos, filhos que levam a mensagem. Mas, quando não fazemos, a Igreja não se transforma em uma mãe, mas em uma babá (…) Temos que pensar no batismo e em nossa responsabilidade de batizados”, afirmou o papa.

“Ser cristão não é fazer uma carreira. Ser cristão é um dom que nos impulsiona a ir para frente com a força do Espírito Santo”, acrescentou o papa, que ressaltou a missão dos fiéis em ser “batizados, valentes e seguros”.

Desde que foi eleito papa, o argentino Jorge Mario Bergoglio oficia todos os dias uma missa na capela da Casa Santa Marta, a qual é acompanhada por cardeais, bispos, membros da Cúria Romana, funcionários do Vaticano e convidados.

[b]Fonte: EFE[/b]

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