Movimentos pró-vida britânicos estão pedindo à comunidade pró-vida em todo o mundo que mostre apoio a uma parlamentar corajosa, que mais uma vez sofreu ameaças online por votar contra o aborto.
“[Estamos] solidários com a parlamentar escocesa Dra. Lisa Cameron, que recebeu uma ameaça de morte, depois de votar de acordo com suas crenças pró-vida profundamente arraigadas”, anunciou hoje a Sociedade para a Proteção das Crianças por Nascer (SPUC).
Michael Robinson, diretor de comunicações de Glasgow, acrescentou que está enviando uma carta de agradecimento e apoio à parlamentar e pediu que as pessoas assinassem o documento online.
“A SPUC está pedindo a todos aqueles que reconhecem a importância da liberdade de expressão e liberdade de consciência, que se solidarizem com a Dra. Cameron, adicionando seus nomes à mensagem de agradecimento online”, solicitou.
No dia 6 de julho, a SPUC homenagegou a parlamentar com um buquê de flores brancas em nome de seus membros e apoiadores. As flores brancas eram uma alusão ao grupo pacífico anti-nazista alemão, chamado “A Rosa Branca”.
No dia 24 de junho, Lisa Cameron foi uma das 47 parlamentares do Reino Unido que votaram contra um projeto de lei que procurava impedir que testemunhas pró-vida oferecessem ajuda de última hora a mulheres grávidas fora das clínicas de aborto na Inglaterra e no País de Gales. Alguns dias depois, Cameron recebeu uma mensagem via Facebook chamando-a de “slag” (gíria escocesa usada para definir uma mulher promíscua) e ameaçando matar um membro idoso de sua família.
A parlamentar notificou a polícia sobre a ameaça.
O incidente lembrou Robinson do assassinato da parlamentar Jo Cox. O crime ocorreu após um homem homem contestar seu apoio à permanência da Grã-Bretanha na União Europeia.
“É trágico pensar que no mesmo mês em que relembramos o terrível assassinato de Jo Cox, outra parlamentar está sendo ameaçado de violência por causa de suas convicções”, disse Robinson ao LifeSiteNews.
“A ideologia pró-aborto está enraizada na violência”, continuou ele. “Portanto, não é surpreendente quando ativistas pró-aborto incorporam essa agressão e violência em suas ações”.
Histórico
Cameron, que é membro da Igreja Presbiteriana da Escócia, foi alvo de uma torrente de ofensas online quando, em 9 de julho de 2019, votou contra uma tentativa no Parlamento de Westminster de diluir lei pró-vida que limita o aborto na Irlanda do Norte.
Cameron disse ao site ‘Observador Católico’ da Escócia, que começou a receber mensagens abusivas “traumáticas” e “horríveis”, logo após a votação e que a maldade se intensificou quando ela explicou no Facebook seus motivos, que incluíam os dois abortos espontâneos que ela mesma sofreu no passado.
“Assim que publiquei, fui inundada por respostas odiosas”, disse ela ao jornal católico. “As pessoas estavam realmente abusando de mim e da minha decisão, dizendo que eu apoio o estupro de mulheres, enviando-me fotos de cenas de estupro e fetos abortados e dizendo que eu deveria ter sido abortada”.
Até membros e oficiais do próprio Partido Nacionalista Escocês de Cameron a repreenderam por seu voto, e ela foi informada de que poderia ser “agora incompatível ter opiniões pró-vida e ser um membro do Partido”.
Fonte: Guia-me com informações de Life Site News