A novela ainda é uma plataforma gigantesca que influencia o Brasil. Está presente na moda, nas novas gírias, na nova sandália que será lançada. Ultrapassando os muros do país, o produto tem sido exportado para diversos outras nações. Avenida Brasil, por exemplo, de João Emanuel Carneio, foi vendida para 130 países e dublada em 19 idiomas.

[img align=left width=300]http://noticiasdatv.uol.com.br/media/_versions/noticias/2014/1409612434tv_paga_menor_cresciemento_fixed_big.jpg[/img]Para conversar sobre o assunto, Cássio Miranda, apresentador do programa Bate-Papo (Rede Super), convidou os pastores Rossi Lamounier e Leonardo Capochim, responsável pelo Seminário Teológico Carisma em Belo Horizonte.

“Eu vejo que nem sempre é saudável e na maioria das vezes, na maioria dos casos que eu já conversei, muitas vezes a gente acompanha e aconselha, tem trazido muita destruição para as famílias”, iniciou Leonardo.

O pastor Rossi Lamounier complementa: “A telenovela começa na década de 50, na rede Tupi. Então ela está bem enraizada na nossa cultura. Ela faz parte do que a gente chama de cultura popular que é qualquer manifestação, seja folclore, música, arte, dança, onde a sociedade participa de forma ativa”, ressaltou.

[b]“A novela imita a vida?”
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A palavra retorna para Leonardo que responde a pergunta de uma espectadora: “Ao mesmo tempo que a novela imita a vida, a vida imita a novela. Ao mesmo tempo que eles querem trazer aquilo que acontece na sociedade, eles também vão implantando a maneira como eles enxergam esse assunto na sociedade. Uma coisa é eu trazer a discussão, o fato. Outra coisa é eu trazer esse princípio já com a maneira como eu enxergo. É uma doutrinação”, disse.

O pastor aprofunda seu argumento: “Ela [a novela] não apenas mostra como a sociedade enxerga um assunto, mas ela quer doutrinar a sociedade a como enxergar esse assunto. Você pode perceber que o assunto do divórcio é muito abordado. Principalmente na década de 90, esse assunto era muito corriqueiro nas novelas, nos filmes e ela foi doutrinando a maneira como as pessoas viam o divórcio. Aquilo que era um tabu, deixou de ser um tabu para se tornar exatamente o que as novelas diziam”, alertou.

“As novelas ajudaram a banalizar o relacionamento de pais e filhos. Sempre mostrando que o filho rebelde estava certo no final, porque o pai não pensava da maneira como ele pensava, o mundo tinha mudado. Então, tudo isso veio desconstruir muitos valores na sociedade. Porque infelizmente, nem todo mundo tem uma mentalidade, uma mente firme para assistir essas coisas e não ser contaminada por elas”, pontuou.

Confira o debate na íntegra:

[b]Fonte: Guia-me[/b]

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