A Ordem dos Pastores Evangélicos de Natal vão realizar ações de conscientização e politização das congregações locais voltadas ao controle e implementação de políticas públicas relacionais à terra e à água.

Praias da capital do Estado do Rio Grande do Norte e arredores recebem ligações clandestinas de esgoto e os locais impróprios para banho sequer são sinalizados, expondo a população à contaminação de doenças.

A ação conscientizadora da Ordem dos Pastores foi motivada pela 8. Semana Teológica, reunida em setembro no Seminário Batista Potiguar, e que contou com a participação de professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, de técnicos agrícolas vinculados a programas da organização de serviço Diaconia, de estudantes e pastores defensores das causas sociais e ambientais.

Carta Aberta tirada do Seminário denuncia a influência do capital imobiliário sobre o poder público e o plano diretor da cidade, gerando problemas ambientais e a poluição do aqüífero da Grande Natal. O poder público autoriza obras de construção civil, como casas e condomínios, sobre dunas sem a devida infra-estrutura de saneamento básico, denuncia o texto.

Empresas agrícolas, aponta a Carta da 8a. Semana Teológica de Natal, poluem rios e mananciais, exploram mão-de-obra humana, utilizam agrotóxicos e continuam recebendo incentivos fiscais, apoio que os pequenos agricultores que trabalham com agro-ecologia não têm.

O governo também destina poucos recursos para a construção de cisternas e barragens subterrâneas para a captação e canalização de água no sertão nordestino. A seca e a pobreza “fazem parte de um cenário político de manutenção de práticas e alianças concentradoras de renda e geradoras de conflitos no campo”, arrola a Carta. A construção de cisternas, uma solução simples e barata, tem um enorme alcance social.

Fonte: ALC

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