Pastor pregando
Pastor pregando

Pastores são propensos a sentirem desânimo e solidão, apesar de considerarem um privilégio exercer a função. É o que revela a pesquisa divulgada, recentemente, pelo instituto “Lifeway Research”. Foram ouvidos mil pastores nos Estados Unidos. Os dados servem de alerta para os líderes de outros países, inclusive o Brasil.

Segundo o levantamento, 55% dos entrevistados afirmaram que a função de pastor às vezes é solitária e desanimadora. No entanto, mesmo os desanimados, não abririam mão do pastorado: 98% dos entrevistados acreditam serem privilegiados por poderem exercer seus ministérios, contra 0,5% que não se sentem privilegiados.

O vice-presidente do instituto LifeWay, Ed Stetzer, observa que apesar de felizes por serem pastores, eles entendem que exercer o pastorado tem um custo alto: “Pastores se sentem privilegiados, mas claramente a realidade do serviço constante pode cobrar caro. Há desânimo e solidão no ministério. Parece que quanto maior a igreja mais presente a solidão”.

Assim, o estudo revela que os pastores de igrejas maiores são mais propensos a se sentirem solitários e desanimados. “Ironicamente, pastores de igrejas maiores são mais solitários. Daqueles em congregações com frequência média de 250 membros ou mais, 17% discordam que o ministério pastoral às vezes o faça se sentir solitário. Em comparação, 32% dos pastores que lideram igrejas que possuem entre 0-49 membros discordam de sentirem-se sós”, afirma os pesquisadores.

Os pastores com mais de 65 anos são os que menos se desanimam (30%). enquanto que apenas 19% dos com idades entre 55-64 pensem dessa forma. Quanto mais novo, mais chance de desânimo apenas 13% dos entrevistados com idades entre 45-54 e 11% com entre 18-44 admitiram que dificilmente ficam desanimados.

São também os mais velhos que dificilmente se sentem só devido ao ministério, conforme a pesquisa. Os pastores com mais de 65 anos discordam que a opção por ser pastor o tenha feito mais solitário (39%). Essa proporção diminui para 29% dos entrevistados com faixa etária entre 55 e 64 anos, e cai ainda mais (21%) entre os pastores de 45 e 54 anos, despencando para 19% entre aqueles com idades entre 18 e 44.

O vice-presidente do instituto LifeWay destacou que o desânimo e solidão podem significar frustrações. “Líderes e voluntários são influenciados por uma mentalidade consumista cristã, e ferem todos os envolvidos. Os pastores precisam de menos clientes e muito mais colaboradores”.

Quanto à solidão, Ed Stetzer orienta conservar as amizades: “Relacionamentos são importantes e parece que os pastores valorizam aquelas amizades – particularmente à medida que envelhecem. Pastores mais velhos e pastores mais jovens com sabedoria, que desenvolveram amizades mais próximas dentro de sua igreja, são menos propensos a serem desencorajados ou solitários. Esta combinação de trabalho espelha estudos que têm mostrado que mais amizades no trabalho correspondem com maior satisfação com o trabalho e com a vida de uma pessoa”.

Fonte: Comunhão com informações de The Christian Post

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