O presidente de Israel, Shimon Peres, disse ontem que seu país está comprometido a proteger os lugares santos muçulmanos sob sua jurisdição, em uma tentativa de diminuir as tensões em torno da Esplanada das Mesquitas de Jerusalém.

O chefe de Estado israelense afirmou que “a lei judia proíbe expressamente escavações em qualquer lugar sagrado para muçulmanos, cristãos e judeus”.

Peres fez as declarações ao início de um percurso de bicicleta no qual participaram 400 crianças israelenses e palestinas, no norte do país.

“Protegeremos os lugares sagrados, para que possamos rezar todos e seguir um caminho de vida conjunta”, disse.

O presidente israelense tentava se defender assim das afirmações de vários dirigentes árabes e muçulmanos que acusam Israel de realizar escavações sob e nos arredores das mesquitas de Al-Aqsa e Omar, terceiras na hierarquia do Islã, e que poderiam abalar seus alicerces.

As afirmações do presidente israelense são feitas em meio a crescentes tensões entre judeus e palestinos, após mais de uma semana de distúrbios em Jerusalém em torno desses santuários muçulmanos, cujo acesso continua restrito aos homens com mais de 50 anos, enquanto a entrada de turistas está proibida.

A tensão teve início no dia 27 de setembro, quando um grupo de israelenses – turistas franceses segundo Israel e extremistas judeus segundo as autoridades palestinas – foi à Esplanada das Mesquitas, conhecida pelos judeus como Monte do Templo, sagrado para judeus e muçulmanos.

A Polícia continuava hoje em estado de alerta diante da possibilidade de distúrbios em Jerusalém, onde milhares de judeus peregrinam à cidade santa, pela festa de Sukot, ou dos Tabernáculos.

Como em dias anteriores, houve incidentes violentos isolados, como o registrado no posto de controle de Kalandia, na entrada de Ramala (Cisjordânia), onde jovens palestinos lançaram pedras contra os soldados israelenses que responderam com tiros e bombas de gás lacrimogêneo.

Fonte: EFE

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