A Síria passou de 15º colocado na Lista Mundial da Perseguição 2018 para a 11ª posição em 2019.
A principal razão para a escalada de quatro posições no ranking é o aumento de incidentes violentos. Principalmente nas áreas ainda controladas por rebeldes do Estado Islâmico (EI), houve mais ataques, saques, fechamentos de igrejas, danos mentais ou físicos e confisco de terras agrícolas pertencentes aos cristãos.
A opressão islâmica é o principal tipo de perseguição presente na Síria e é responsável pela maioria das atrocidades e atos de perseguição cometidas contra cristãos.
Os militantes de grupos extremistas islâmicos são, atualmente, as maiores fontes de perseguição no país. Eles operam abertamente no noroeste da Síria e em toda a região norte.
Nas áreas onde exercem controle, líderes islâmicos seguem uma política de marginalizar os cristãos e outras minorias ou de forçá-los a fugir para outras áreas. Nessas áreas, é difícil distinguir entre “líder religioso” e “grupo religioso violento”.
Militantes islâmicos controlam menos de 25% do território sírio
Os cristãos tinham um certo grau de liberdade religiosa antes da guerra civil, o que mudou com a chegada dos grupos militantes islâmicos.
Desde 2016, o EI tem perdido território e até mesmo o controle de sua autoproclamada capital, Raca, em outubro de 2017.
No entanto, a ameaça de retaliação pelo EI ainda existe. Em outubro de 2018, tornou-se claro que os militantes islâmicos estavam em controle de menos de 25% do território sírio.
A opressão islâmica também está presente em áreas controladas pelo governo, onde afeta principalmente os cristãos ex-muçulmanos.
Nesse caso, a pressão é exercida pela família e comunidade dos convertidos. Discurso de ódio e zombaria contra cristãos por parte de líderes islâmicos ocorrem, mas não são permitidos em áreas controladas pelo governo.
Uma das principais características da população cristã da Síria é a combinação de sua identidade étnica e religiosa.
Os cristãos sírios estão concentrados em áreas estratégicas do país, que são vitais tanto para os esforços de guerra do governo quanto da oposição, como as cidades de Alepo, Damasco e Homs (esta última no sul, perto da fronteira com o Líbano).
Essa concentração de cristãos em áreas estratégicas é um fator que os torna vulneráveis, assim como seu suposto apoio ao governo.
Fonte: Portas Abertas