Uma pesquisa recém-divulgada nos Estados Unidos e realizada pelo Instituto Zogby, juntamente com a MSN, mostra que 59% dos americanos acreditam que leis de controle de armas mais rigorosas não impediriam tragédias como a da Virginia Tech University.

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril. O massacre na Virginia Tech University ocorreu no dia 16, quando 32 alunos e professores da universidade foram assassinados pelo estudante de origem sul-coreana Cho-Seung Hui, que cometeu suicídio após o crime.

O ceticismo em relação a leis mais rigorosas é maior entre os mais velhos. Entre aqueles com mais de 65 anos, 72% acreditam que leis mais duras não são capazes de impedir tiroteios.

Os mais jovens são mais crédulos em relação à eficácia de uma nova legislação. Um total de 39% dos entrevistados com entre 18 e 29 anos crêem que leis mais rigorosas possam impedir tragédias como a da Virginia Tech, ante apenas 26% dos entrevistados com mais de 65 anos.

Além do ceticismo em relação a leis mais rigorosas, os americanos não acreditam que tal legislação chegue mesmo a entrar em vigor.

Cerca de 45% das pessoas consultadas não crêem que novas leis de controle de armas serão implementadas. Outros 40% disseram não ter certeza.

O estudo envolveu 1.336 adultos em todo o país e tem margem de erro para cima ou para baixo de 2,7 pontos percentuais.

Tema forte

O direito ao porte de armas é um tema que desperta um apaixonado debate nos Estados Unidos. Portar armamentos é um direito assegurado pela Segunda Emenda da Constituição americana.

O assunto poderá se tornar ainda um tema da próxima campanha presidencial americana. Pouco após a tragédia na Virgínia, o senador e presidenciável republicano John McCain disse ser contrário a qualquer legislação sobre controle de armas.

Na opinião do senador, a forma de impedir que crimes como o da universidade ocorram é identificar com mais rapidez pessoas que representem um perigo, como o jovem Cho-Seng Hui. Ao menos por enquanto, os demais presidenciáveis silenciaram sobre o tema.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, admitiu que um debate sobre o assunto deverá ser realizado.

Fonte: BBC Brasil

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