Família orando
Família orando

Pessoas que vivem em países ricos têm menos probabilidade de dizer que a crença em Deus é necessária para a boa moral, de acordo com uma nova pesquisa realizada com 38.000 pessoas em 34 países.

A pesquisa, divulgada na segunda-feira (20) pelo Pew Research Center, revelou uma lacuna de fé entre países relativamente ricos e pobres. 

No Quênia, por exemplo, o país com o menor PIB per capita da pesquisa, 95% das pessoas disseram que a crença em Deus é necessária para que uma pessoa seja moral. Já na Suécia, o país mais rico, apenas 9% das pessoas relacionavam Deus com os bons costumes. 

Mesmo dentro de cada país, os ricos e os pobres não concordam que a fé em Deus tenha relação com a moralidade, disse a pesquisa, que não detalhou a religião dos entrevistados.

Nos Estados Unidos, por exemplo, existe uma diferença de 24 pontos percentuais entre americanos de alta e baixa renda. Os pobres são muito mais propensos a dizer que a crença em Deus é necessária para ser uma boa pessoa.

“Pessoas de economias emergentes incluídas nesta pesquisa tendem a ser mais religiosas e mais propensas a considerar a religião importante em suas vidas”, escreveram os autores do estudo.

O estudo do Pew reforça a tese da secularização: a ideia de que as nações se tornam menos religiosas à medida que seu povo fica mais rico e educado.

Por décadas, os EUA desafiaram essa teoria por serem ricos e religiosos. Mas mesmo isso está mudando, de acordo com vários outros estudos. Em 2002, 58% dos americanos disseram que a crença em Deus é necessária para ser uma boa pessoa. Em 2019, esse número caiu para 44%. 

A maioria das pessoas em 23 dos 34 países pesquisados ​​disse que a religião é “muito” ou “um pouco” importante para elas. Nos EUA, quase metade (47%) considerou “muito importante”.

Os países com maior probabilidade de conectar Deus e a moralidade:

Indonésia: 96%

Filipinas: 96%

Quênia: 95%

Nigéria: 93%

Brasil / África do Sul / Tunísia: 84%

Os países com menor probabilidade de conectar Deus e a moralidade:

Suécia: 9%

República Tcheca: 14%

França: 15%

Reino Unido: 20%

Países Baixos / Espanha: 22%

Fonte: Guia-me com informações da CNN

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