A cúpula da Polícia de Missões, na Argentina, através de ordens verbais, teria sugerido a seus subordinados e integrantes da instituição que deixassem de assistir missas nos templos católicos da província.

A proibição incluiria até mesmos as esposas e familiares dos uniformizados.

O diário “El Território”, de Posadas, capital da província de Missões, informou que a medida está relacionada ao fato dos sacerdotes fazerem política nos púlpitos contra a reeleição do governador Carlos Rovira.

No domingo, 29, eleitores da província vão escolher 35 convencionais constituintes titulares e suplentes. A única coisa que os eleitos têm que decidir é se reformam ou não o artigo 110 da Constituição Estadual. Uma das propostas é a inclusão da possibilidade de reeleição indefinida de governantes, o que a Frente Unidos pela Dignidade recusa. Encabeça a lista de candidatos da Frente o bispo Joaquín Pinha, de Porto Iguazú, aposentado pelo Vaticano há poucas semanas.

“Proibir alguém que vá a algum lugar porque lá tenha pessoas que falem coisas diferentes tampouco é respeitar a democracia”, referiu-se o padre Juan Carlos Belgrano, da diocese de Posadas, em relação à proibição da Polícia.

O sacerdote falou da importância de “poder trabalhar por uma província que possa garantir os direitos de todas as pessoas. Então, me parece que isso, se é verdade que faz a política maior na busca do bem comum, creio que todas as pessoas têm a obrigação de ser fiadoras deste sistema democrático e de direitos, que tanto nos custa sustentá-lo”.

Em conversa com jornalistas, Belgrano manifestou preocupação quanto à falta de conhecimento das pessoas por escutarem “um só sino” no interior da província. Nesses lugares “as pessoas agradecem que nós lhes levemos os volantes, que lhes expliquemos do que se trata, do motivo dessas eleições”. A postura do governo em relação à Igreja, alegando que ela faz política partidária, é uma “difamação”, disse o padre.

Fonte: ALC

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