O prefeito de Balneário Barra do Sul (SC), Valdemar Rocha (PP-SC) em entrevista à Rádio FM Litoral (Foto: Reprodução)
O prefeito de Balneário Barra do Sul (SC), Valdemar Rocha (PP-SC) em entrevista à Rádio FM Litoral (Foto: Reprodução)

O prefeito de Balneário Barra do Sul (SC), Valdemar Rocha (PP-SC), atribuiu a tragédia climática no Rio Grande do Sul à falta de igrejas e a grande quantidade de centros de umbanda no estado. A declaração, que foi dada em entrevista à Rádio FM Litoral, gerou polêmica nas redes sociais.

“O que está acontecendo lá no Rio Grande do Sul? É aquela enchente. Mas aí nós fomos ver uma estatística aí, e é o estado que menos tem igreja. E lá é centro de [umbanda]… que não agrada aos olhos de Deus. Será que Deus não está chamando eles a uma responsabilidade?”, disse o prefeito.

Rocha também citou um Carnaval em que a imagem de Jesus foi “arrastada pelo asfalto”, o que, segundo ele, teria relação com fatos que acometem o País, como a catástrofe no Rio Grande do Sul. O prefeito se referiu à encenação da comissão de frente da Gaviões da Fiel, em 2019, em que atores representaram o diabo e Jesus, que foi derrotado.

“Se você analisar, depois daquele carnaval que pegaram Jesus, qual é a situação no nosso Brasil hoje? É para nós refletir. Será que Deus não está chamando eles de responsabilidade? Lá na frente nós vamos entender por que aconteceu”.

Críticas

O vídeo repercutiu nas redes sociais causando revolta nos internautas.

“É surreal o que estamos testemunhando. Essa insanidade e fundamentalismo religioso estão dominando. Um cara desses é prefeito eleito, não é um bebum qualquer falando besteira em um boteco”, diz um.

“Um sujeito desse que usa a fé dos outros para exalar sua ira e discriminação e ódio. LAMENTÁVEL, quanta ignorância”, escreve um segundo.

“Prefeito preso. Vice-prefeito assume e quer culpar a fé do gaúchos como causadora da tragédia. Balneário Barra do Sul merece coisa melhor”, escreveu outro.

A tragédia climática no estado gaúcho, que se estende desde o fim de abril, já deixou ao menos 169 pessoas mortas e 469 municípios afetados.

Fonte: Metrópoles e CNN

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