Na abertura do Seminário Mais Mulheres no Poder, nesta segunda-feira (9), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a mencionar o tema do aborto e o caso da menina de 9 anos que foi violentada pelo padrasto em Pernambuco.

A criança ficou grávida de gêmeos e teve a gestação interrompida por médicos na última quarta-feira (4). A igreja católica foi contra e excomungou os médicos que participaram do procedimento e a mãe da menina.

“Recentemente vocês viram o problema da menina de Pernambuco. É mais do que absurdo. Como é que você pode proibir a medicina de cuidar de uma menina de 9 anos?”, criticou.

“Se me perguntarem se sou contra o aborto, eu vou dizer que, como cristão, eu sou contra o aborto. Agora, como chefe de Estado, tenho que tratar como questão de saúde pública”, acrescentou.

O presidente falou ainda da distribuição de camisinhas que fez no domingo de Carnaval, quando acompanhou os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro na Sapucaí. “Eu fui questionado no Carnaval porque o (ministro da Saúde, José Gomes) Temporão estava com a equipe distribuindo preservativos. Fui questionado porque joguei preservativo para o público no Carnaval”, lembrou.

“Eu não posso, como pai e como Presidente da República, fingir que distribuir preservativo é ruim. Quem sabe o que significa a Aids tem mais é que levantar a cabeça e dizer que o governo tem que tratar disso”, completou.

Lula completou afirmando que “não tem a verdade absoluta” e que “prefere pagar por fazer errado do que por ter se omitido”.

Fonte: UOL

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