A Igreja Episcopal Anglicana de El Salvador e a Fundação Cristosal estão preocupadas com a prisão de 13 pessoas acusadas de atos de terrorismo. O caso constitui uma clara violação ao Estado de direito, alegam.

As prisões ocorreram no dia 2 de julho, quando alguns dos acusados protestavam na estrada de Suchitoto, município do departamento de Cuscatlán – a uma hora da capital salvadorenha – contra a política de descentralização da água anunciada pelo governo. Na avaliação dos manifestantes este projeto de lei atenta contra os interesses da população.

Na primeira audiência, 13 das 14 pessoas aprisionadas foram sentenciadas à “prisão preventiva” e só um foi libertado. Para a defesa, existem pressões políticas nessas prisões.

“Não podemos ser indiferentes diante desses acontecimentos. Não estamos com nenhum partido político, mas é claro que protestar pela defesa da vida neste país é ser terrorista”, disse com indignação o bispo da Igreja Episcopal e primaz da Igreja Anglicana na América Central (IARCA), Martín Barahona.

A recente lei aprovada contra atos de terrorismo contempla penas de até 60 anos de prisão. Para muitos juristas e líderes de organizações, este regulamento é um instrumento para atemorizar o movimento social salvadorenho.

“Queremos pronunciar-nos a favor desses valentes homens e mulheres que estão na prisão para que saibam que não estão só. Nós oramos por eles e pedimos para que se realize um devido processo e que a sua integridade seja respeitada”, expressou o diretor executivo de Cristosal, sacerdote Ricardo Bower.

Cristosal é uma fundação de apoio ao desenvolvimento da Igreja Episcopal em El Salvador, integrada por bispos, sacerdotes e leitos estadunidenses, canadenses e salvadorenhos.

Fonte: ALC

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