Professores, funcionários da área da saúde e médicos vinculados à Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em greve, pedem, além do pagamento de salários atrasados, a saída da reitoria, encabeçada por Ruben Becker.

A crise da Ulbra será o tema principal da reunião que representantes do Ministério Público Federal manterão com representantes do Ministério da Educação, na próxima semana. Não está descartada a intervenção do poder público na instituição e o afastamento da reitoria.

Sob o slogan “Sou mais Ulbra – Fora Becker”, estudantes, professores e funcionários técnico-administrativos promoveram, ontem pela manhã, ato público em frente à sede da mantenedora da Ulbra, a Comunidade Evangélica São Paulo (Celsp), de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Professores do ensino superior da Ulbra estão parados desde a quarta-feira, 8, em protesto pela falta de pagamento de salários do mês de março e o descumprimento de acordo judicial proposto pela instituição, firmado com o Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS).

O descumprimento do acordo está em execução na Justiça do Trabalho. A greve dos professores universitários é por tempo indeterminado.

O Hospital Independência, de Porto Alegre, mantido pela Ulbra-Saúde e responsável por 18% dos atendimentos em traumato-ortopedia na capital gaúcha, suspendeu o atendimento ao público na quinta-feira, 9.

Também o Centro Obstétrico do Hospital Universitário, em Canoas, sede da Ulbra, parou de funcionar na quinta-feira. Funcionários técnico-administrativos da instituição de ensino cruzaram os braços já na segunda-feira, 6.

O Sinpro-RS pediu, em boletim divulgado na greve, a saída imediata do reitor da Ulbra, Ruben Becker, a mudança do perfil de gestão da instituição, e denunciou a grande confusão entre patrimônio privado e social, “entre os interesses e os negócios da família Becker em detrimento do projeto educacional da Celsp/Ulbra”.

Fonte: ALC

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