Um rabino deu sinal verde, pela primeira vez em Israel, para que uma judia ultraortodoxa seja mãe de aluguel, após constatar que ela não é “promíscua”.

A mulher, uma viúva do sul do país, dará à luz uma criança para um casal também ultraortodoxo que tenta ter um filho há 12 anos, como informou ontem a edição digital do diário “Yedioth Ahronoth”.

O casal exigiu que a mãe biológica fosse também uma judia praticante, para ter certeza de que “nos próximos nove meses o bebê cresça em uma atmosfera de santidade e pureza no ventre de uma judia”.

O fato de ser o primeiro caso de mãe de aluguel no mundo ultra-ortodoxo judeu mostra as reservas entre seus membros e muitos rabinos diante da prática, que, para eles, se afasta das visões tradicionais de família e maternidade que guiam suas vidas.

Apesar de os rabinos divergirem sobre o assunto, alguns temem que a prática degrade o conceito de maternidade, comercialize o corpo feminino, aumente as diferenças de classe ou, até, abra portas para alguma forma de adultério.

A primeira mãe de aluguel receberá US$ 25 mil por seus serviços, embora ela insista que sua principal motivação é ajudar casais com problemas.

Há anos, a viúva pediu ao Instituto de Fertilidade e Medicina, seguindo as regras da Halajá (lei religiosa judaica), que um rabino permitisse que ela exercesse a função de mãe de aluguel.

“Ela recebeu a autorização do comitê especial do Ministério da Saúde e, assim que o casal apropriado for encontrado, o processo deve começar”, explicou o rabino Menachem Borshtein, responsável pelo instituto.

Fonte: EFE

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