Milhares de budistas, entre os quais cerca de 10 mil monges, manifestaram-se, nesta quarta-feira, pelas ruas de Seul, capital da Coréia do Sul, em sinal de protesto pelo que consideram uma “discriminação” em relação ao Budismo, por parte do governo do presidente Lee Myung-bak, que é cristão.

Os monges de mais de 20 congregações budistas, juntamente com mais de 200 mil fiéis dessa religião, reuniram-se numa praça central de Seul, para exigir um pedido de desculpas de Lee Myung-bak, pela discriminação religiosa de que se julgam vítimas, por parte de funcionários e políticos do governo.

A polícia colocou nas ruas cerca de oito mil agentes, para garantir a segurança no centro da capital sul-coreana.

Foi uma mobilização religiosa sem precedentes na Coréia do Sul, um país sem religião majoritária, que conta 23% de budistas, 18% de protestantes e cerca de 11% de católicos.

Ostentando cartazes com os dizeres “A repressão contra o Budismo seria o início da conversão a um Estado cristão?” os budistas expressaram seu descontentamento com o governo de Lee Myung-bak.

Apesar de o presidente ser um protestante praticante, ele reiterou, durante sua campanha política e quando tomou posse, que não haveria discriminação religiosa na sua gestão, e que ele defenderia uma política em favor da unidade do povo. Todavia, na formação de seu Gabinete de ministros, Myung-bak atribuiu diversas pastas a personalidades de sua Igreja.

Fonte: Rádio Vaticano

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