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Há quem acredite que a discussão sobre a controversa questão da “cura gay” já seja coisa do passado, mas não é o que pensa a equipe da Editora Abril, que voltou a pautar a questão na edição de dezembro da revista “Dossiê Superinteressante”. Em um artigo intitulado “Silencie Sua Sexualidade”, a revista citou até mesmo o caso da psicóloga Marisa Lobo, que teve seu registro cassado pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná, por acreditar que homossexuais têm o direito de abandonar este modo de vida, caso expressem tal vontade.

Voltando a pautar a discussão, o artigo afirmou que Marisa “encabeçou uma tentativa de reverter a decisão do Conselho Federal de Psiquiatria de 1999, que proibiu a cura gay”.

Falando com exclusividade ao Guiame, Marisa Lobo explicou que nunca apoiou a tão controversa “cura gay”, pois não considera que a homossexualidade seja uma doença.

De fato, a psicóloga participou de uma audiência pública que visava debater a questão dos psicólogos e psiquiatras terem o direito de atender homossexuais egodistônicos (que não estão satisfeitos com sua atual conduta sexual). Porém, a psicóloga destacou que participou do encontro como convidada e não organizadora.

“Eu fui àquela audiência como convidada, da mesma forma que o Conselho de Psicologia também foi. Em toda a minha fala, em nenhum momento eu falei em cura gay, pelo contrário. A gente sabe que esse nome ‘cura gay’, dado a esse projeto foi mentiroso. Não tinha nada a ver com isso no Conselho de Psiquiatria”, destacou.

Clique no vídeo abaixo para conferir a declaração de Marisa Lobo na audiência pública sobre o assunto, em 2012:

“O Conselho de Psiquiatria / Psicologia não pode proibir nenhum profissional de atender qualquer pessoa, mesmo que seja para mudar a sua orientação sexual. Eu não posso oferecer ajuda, muito menos cura (já que homossexualidade não é doença). Se essa pessoa não está satisfeita com sua orientação sexual, não é tudo cultural, social, adquirido no meio? As pessoas não podem fazer o quiserem nesse sentido? Eu só questionei isso”, acrescentou.

Considerando que o caso de sua cassação já é antigo e que a decisão foi até revogada pelo Conselho Federal de Psicologia, Marisa afirmou que a decisão de “requentar uma pauta” como esta não tem outra razão a não ser alavancar as vendas da revista.

“Eles fazem isso para vender revistas mesmo. É absurdo como uma revista se presta a esse papel. Eu fui cassada pelo Conselho Regional, mas o Conselho Federal não cassou, porque eu comprovei que não quero promover cura gay. Até quando militantes ativistas vão mentir e revistas de projeção nacional vão dar ouvido a isso?”, questionou.

Na época de sua cassação, Marisa Lobo contou com o apoio da OAB (PR), que emitiu um parecer, destacando que a decisão do Conselho implicava em um tipo de perseguição religiosa.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

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