O sacerdote católico belga François Houtart, de 85 anos, reconheceu os abusos após uma denúncia anônima.

O sacerdote católico e sociólogo marxista belga François Houtart, uma das figuras-chave do movimento “altermundista”, confessou nesta quarta-feira ter abusado de um menor há 40 anos e pediu a suspensão da campanha em favor de sua candidatura ao Nobel da Paz de 2011.

Houtart, de 85 anos, reconheceu os abusos ao diário “Le Soir” após uma denúncia anônima à comissão que investiga os casos de pedofilia na Igreja belga.

Nela, sem dar nomes, é detalhado que um sacerdote da região de Liège teria abusado de um menino em duas ocasiões na década de 70.

Segundo o “Le Soir”, o denunciante é um primo de Houtart que seria irmão da vítima, outro primo do religioso que tinha 8 anos de idade na época.

Em declarações ao periódico, Houtart admitiu ter “tocado as partes íntimas” do menor em duas ocasiões, algo que classificou como “irreflexivo e irresponsável”.

O sociólogo assegurou ter proposto aos pais da vítima renunciar ao sacerdócio e assumir as consequências dos seus atos, mas os responsáveis pela criança pediram que Houtart consultasse um professor do seminário de Liège que o teria aconselhado a continuar na Igreja e se centrar em seus estudos de sociologia das religiões.

O sacerdote pediu a suspensão da campanha que tenta promover sua candidatura ao Nobel e informou ter renunciado ao seu posto na ONG “Centro Tricontinental”, da qual foi fundador.

Houtart foi professor de sociologia da Universidad Católica de Louvain la Nueva entre 1958 e 1990 e um dos impulsores do Fórum Social Mundial de Porto Alegre.

[b]Fonte: EFE
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