Silas Malafaia
Silas Malafaia

O pastor Silas Malafaia afirmou na noite deste domingo, 30 de dezembro, que não ameaçou o presidente eleito, Jair Bolsonaro, caso ele não transfira a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, segundo informou o jornal O Globo.

“Eu avalio que ele vai perder crédito para caramba, muito. Ninguém pediu para ele fazer nada, ninguém pôs faca na garganta. Então, agora é melhor ele cumprir, ou então vai ficar chato. Vai ficar muito ruim para ele com a comunidade evangélica. Ele vai perder muita coisa”, afirmou Malafaia.

Segundo O Globo, Malafaia fez sua declaração a jornalistas no Rio de Janeiro, após um encontro do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com representantes da comunidade evangélica brasileira, e ainda afirmou que um “dos motivos do apoio da comunidade evangélica a Bolsonaro foi exatamente esse”, em referência à transferência da missão diplomática.

Na sua conta do Twitter, Malafaia disse que não fez nenhuma ameaça a Bolsonaro. Segundo ele, a pergunta do jornalista foi “Se Bolsonaro recuar?” e sua resposta foi, “Ele vai perder”.

Malafaia chamou a matéria de “vergonhoso fake news da imprensa” e que a ameaça a Bolsonaro é “mentira”.

Malafaia afirmou ao O Globo, esperar transferência tecnológica de Israel que permita transformar o Nordeste em um “pomar agrícola”.

Ele afirmou que já esteve em Israel “mais de 20 vezes” e que o deserto de Neguev desenvolve agricultura em condições piores às do semiárido brasileiro.

“Se Bolsonaro conseguir ajuda de Israel nessas áreas, vai ficar bonito —  afirmou o pastor. Se resolver a questão do Nordeste, ele vai tirar o pão da boca do PT.”, disparou Malafaia

O pastor também afirmou não temer retaliações comerciais de países árabes, apesar de a Liga Árabe já ter advertido por mais de uma vez o presidente eleito contra a transferência.

Boicote econômico

Neste sábado, Bolsonaro divulgou em sua conta no Twitter uma entrevista gravada no dia 11 de dezembro, na qual afirmou que ainda avaliava a transferência da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.

Ele disse que existem ameaças de boicote econômico ao Brasil caso o governo decida pela mudança, em uma referência aos 22 países do bloco árabe.

Neste domingo, no entanto, o primeiro-ministro de Israel declarou que o presidente eleito lhe disse no encontro dos dois na sexta-feira que a transferência está confirmada. Segundo Netanyahu, Bolsonaro afirmou que a transferência “não é uma questão de se, mas de quando”.

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