Desde a sexta, 1° de maio, os homossexuais suecos poderão se casar formalmente, graças à nova legislação aprovada em abril, mas deverão esperar mais alguns meses se quiserem celebrar uma cerimônia religiosa.

A Igreja Luterana, da qual são membros mais de 70% dos suecos, adiou sua resposta oficial para o sínodo que realizará na próxima primavera, devido ao desacordo existente entre os bispos das 13 dioceses que a compõem.

As diversas opiniões tratam da aceitação do casamento entre homossexuais nos templos, do pedido de uma discussão teológica a respeito, da adoção de duas cerimônias distintas e ainda da adaptação do ritual atual.

Em 2006, a Igreja Luterana foi uma das primeiras do mundo a aceitar um ritual especial de bênção para os homossexuais registrados como casal.

Vários líderes eclesiásticos já se manifestaram publicamente a favor da união entre homossexuais nas igrejas, pedindo apenas que o termo “casamento” não fosse usado –discussão que ainda persiste.

Independentemente da decisão da Igreja, os casais do mesmo sexo deverão cumprir os mesmos requisitos exigidos a heterossexuais para se unir pelo civil: um certificado oficial que demonstre que nenhum dos noivos é menor de idade ou que já é casado, e que os dois não são parentes em primeiro grau.

A lei do casamento neutro, como ficou conhecida na Suécia, foi aprovada em 1º de abril por 261 votos a favor e 22 contra no Parlamento sueco, contando apenas com a oposição do Partido Democrata-Cristão, um dos quatro integrantes da coalizão governamental de centro-direita.

Com a adoção desta nova lei, a Suécia se une a outros países que já permitiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo como Holanda, Espanha, Bélgica, Canadá, África do Sul e Noruega.

Segundo dados da Associação Nacional para a Igualdade Sexual sueca, há no país 4.258 casais homossexuais registrados, que agora poderão formalizar sua união.

Fonte: Folha Online

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