Templo de Salomão (sede da Igreja Universal do Reino de Deus)
Templo de Salomão (sede da Igreja Universal do Reino de Deus)

A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) rebateu a acusação feita pelo jornal Folha de S.Paulo envolvendo a esterilização de pastores. De acordo com a instituição, o veículo praticou um “atentando ao jornalismo” com o título da matéria sobre o assunto.

Após a publicação da matéria, a instituição religiosa disse que a Folha “persegue a Igreja Universal do Reino de Deus, dando palanque ao preconceito religioso que existe no Brasil”. Apontou ainda que o veículo “expôs, em manchete, com um inacreditável estardalhaço, o resultado de duas decisões judiciais isoladas — que sequer são definitivas –, como se toda a Universal tivesse sido condenada por mentiras contadas no Judiciário”.

A IURD ressaltou também que, do jeito que o assunto foi tratado, seria “como afirmar que a Folha não paga horas extras a nenhum de seus empregados com base em condenações isoladas da Justiça do Trabalho – que sabemos que existem. Seria algo leviano e irresponsável”.

Veja a nota completa:

Há pelo menos 30 anos, o jornal “Folha de S. Paulo” persegue a Igreja Universal do Reino de Deus, dando palanque ao preconceito religioso que existe no Brasil.

Mas, neste domingo (9/6), o jornal se superou e praticou um atentado não apenas à liberdade de religião, mas ao próprio Jornalismo: expôs, em manchete, com um inacreditável estardalhaço, o resultado de duas decisões judiciais isoladas — que sequer são definitivas –, como se toda a Universal tivesse sido condenada por mentiras contadas no Judiciário.

São ações movidas por duas pessoas cheias de rancor, que, talvez, tenham sido estimuladas por gananciosos, a embarcar em aventuras jurídicas que não terminarão bem para eles.

É como afirmar que a Folha não paga horas extras a nenhum de seus empregados com base em condenações isoladas da Justiça do Trabalho – que sabemos que existem. Seria algo leviano e irresponsável.

O jornal demonstra tanto ódio e preconceito contra a Universal, que, em outras ocasiões, tem escalado uma outra jornalista para ridicularizar a Igreja, seus bispos, pastores e fiéis.

Uma repórter que:

– Afirmou que a Universal pode ser comparada ao programa humorístico “Chaves”;

– Fez chacota da ajuda humanitária de voluntários da Universal, na tragédia da Muzema, no Rio de Janeiro;

– Questionou, publicamente, o valor de uma indenização devida por Fernando Haddad por ofensas ao Bispo Edir Macedo;

– Inventou que a Universal via o ex-presidente Lula como uma “ameaça”;

– Ironizou e fez campanha para desqualificar o sucesso do filme “Nada a Perder, afirmando que foi “inflado”;

– Mentiu que o Templo de Salomão cobra “ingresso”, afirmando, literalmente, que “entrar lá não é para qualquer um”.

Foram tantas maldades e falsidades, que o Departamento de Comunicação Social da Universal (UNIcom) formalizou uma reclamação à Direção do jornal, que foi aceita. A Universal não aceita mais demandas dessa repórter, que possui claro e assumido preconceito.

Em 1987, a “Folha de S. Paulo” lançou uma campanha publicitária que teve bastante impacto na época, e foi até premiada. Dizia que “é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade”.

Passados 30 anos, parece que o jornal continua seguindo esse slogan para mentir aos seus leitores.

Vasectomia em mutirões

Ex-pastores da Igreja Universal do Reino de Deus afirmaram em ações judiciais que cirurgias de vasectomia eram pagas pela instituição religiosa. Há relatos de que as operações foram feitas em mutirões.

“Quando eu fiz [a cirurgia], chamávamos [o médico] de ‘o açougueiro’, porque havia uma fila de 30 pessoas. Fiz [a cirurgia] em 12 minutos, nem deu tempo de pegar a anestesia”, disse o ex-pastor Clarindo de Oliveira, 44.

Para o coordenador do Departamento de Saúde Sexual da Sociedade Brasileira de Urologia, Giuliano Aita, é possível realizar a cirurgia no tempo relatado por Oliveira.

“Mas dificilmente a operação seria feita em condições ideais nesse tempo, o paciente poderá reclamar de dor se não estiver bem sedado”, explicou.

O tempo padrão para a realização do procedimento varia entre 30 e 40 minutos, segundo ele.

À Folha de S. Paulo, Oliveira afirmou que fez a operação com um profissional pago e indicado pela igreja, e em um mutirão de pastores. Oliveira foi esterilizado aos 18 anos. Ele contou que fez a operação em uma clínica em São Paulo.

O ex-pastor venceu o mais recente processo julgado por três desembargadoras do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo). 

A igreja foi condenada, em segunda instância, a pagar R$ 115 mil em indenizações por danos morais e materiais. A Universal recorre da decisão.

No acórdão, a relatora do caso, desembargadora Silvana Ariano, citou dois relatos de outros religiosos que foram ouvidos pela Justiça do Trabalho como testemunhas. O caso foi julgado em abril deste ano.

Um deles disse que “teve de fazer vasectomia […], que o problema de ter filho é o aumento de gastos e a impossibilidade de transferência […], que a reclamada [Universal] pagou a cirurgia”.

A igreja negou as acusações, disse que venceu uma série de ações movidas pelos ex-pastores e afirmou estimular o planejamento familiar. A Universal apresentou à reportagem 13 sentenças e acórdãos nos quais foi vencedora. A igreja negou também que tenha pago por cirurgias.

Em outro caso, julgado em abril de 2018, o desembargador Luiz Antônio Iennaco, do TRT-3 (Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais), narrou detalhes sobre a cirurgia de um ex-pastor que processou a igreja, operado em 2003.

“A cirurgia foi realizada em um conjunto de pastores em uma mesma data”, afirmou ele.

“Não convence a assertiva de que o autor [ex-pastor] decidiu fazer vasectomia porque quis, pois soa muito estranho que todos os pastores decidam fazer a mesma cirurgia como característica do ofício realizado, exceto se orientados/obrigados a tal”, escreveu Iennaco.

Por entender que os recursos da Universal eram protelatórios, o TRT-3 elevou em 2% indenização de R$ 150 mil que a igreja terá de pagar ao religioso por dano moral e à personalidade.

Em 2013, o TRT-2 também deu vitória a um ex-pastor que pedia indenização por ter de se submeter à vasectomia com a promessa de ascender ao cargo de bispo. 

A decisão da segunda instância menciona o depoimento de uma testemunha que também foi esterilizada como “condição para o exercício do cargo de pastor”. O religioso também disse à Justiça que a igreja pagou a realização da cirurgia.

A Universal recorreu, mas o TST (Tribunal Superior do Trabalho) manteve a condenação em 2014.

Procurada, a igreja negou a prática. Em nota, disse que a decisão de fazer a operação “é de responsabilidade total dos pastores”.

“Sendo a decisão da cirurgia deles, obviamente, também arcam com os custos e com as demais decisões e providências do procedimento.”

Fonte: Folha de S. Paulo e Pleno News

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