A fundação Populorum Progressio, criada por João Paulo II em favor dos camponeses e indígenas da América Latina e do Caribe, aprovou 200 projetos de ajuda a estas comunidades por um valor total de US$ 2,1 milhões, sendo 39 deles do Brasil, informou o Vaticano.

Na reunião realizada de 9 a 11 de julho na cidade mexicana de Guadalajara, o Conselho de Administração da instituição deu sinal verde a 200 dos 230 projetos apresentados por comunidades eclesiais e grupos pastorais de dioceses latino-americanas.

Além do Brasil, os países com maior número de iniciativas aceitas foram Colômbia (35), Peru (27) e Equador (18).

Os projetos têm por objetivo a produção agropecuária (29,9%), as infra-estruturas comunitárias (33,20%), a construção de escolas, alojamentos ou tendas (19,46%), a educação e a comunicação (12,30%) e a saúde (5,14%).

Dos US$ 2,1 milhões que serão distribuídos entre as iniciativas aprovadas, “uma parte relevante” provém das dioceses italianas e da Conferência Episcopal da Itália, e a fundação “está refletindo sobre a possibilidade de envolver doadores do continente americano”.

O Vaticano lamentou em comunicado que a “urbanização” da América Latina e a “imposição da cultura pós-moderna” tenham separado as populações camponesas ou indígenas “do desenvolvimento ao qual outras puderam ter acesso”.

“Sofreram, portanto, uma grande marginalização e a falta de proteção, e muitas vezes perderam injustamente a propriedade de suas terras”, acrescentou.

Na reunião do Conselho de Administração da fundação foi acordado, além disso, a reeleição para um período de três anos do presidente da entidade, o cardeal Juan Sandoval Íñiguez, arcebispo de Guadalajara, e do vice-presidente, Edmundo Luis Abastoflor Montero, titular da arquidiocese boliviana de La Paz.

Desde sua criação, em 1992, e até o ano passado, a Populorum Progressio implementou mais de dois mil projetos de apoio às comunidades indígenas e camponesas da América Latina no total de mais de US$ 20 milhões.

Fonte: EFE

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