Viviane Brunieri, conhecida nos anos 1990 como Ronaldinha, por ter namorado o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, fez algumas declarações em entrevista à revista Quem. Entre elas, Vivi conta qual foi o destino dos R$ 500 mil que faturou fazendo filme pornô.
Atualmente missionária evangélica, Vivi afirma ter doado aos poucos o lucro dos seus trabalhos sensuais à igreja.
“Recebi muitas críticas das pessoas dizendo que agora fico falando que me arrependi, mas coloquei a grana toda no bolso”, diz ela, antes de iniciar a conversa. “Doei um carro importado que ganhei da (revista) Sexy e doei o dinheiro para igreja. Vendi o terreno que eu tinha e coloquei a grana toda no projeto missionário”, completa.
Aos 44 anos, Vivi é mãe de Kaito, de 17, e Manami, de 13. Ela fez Curso de Teologia e foi ungida missionária, atuando no Projeto Resgatando Vidas, que cuida de pessoas em situação de rua. Atualmente Vivi mora em Santa Catarina, mas também fica em São Paulo por conta de trabalho.
Viviane vive do dinheiro de empreendimentos comerciais em Bali, na Indonésia, e no Japão, que ela investiu ao receber uma herança. “Tenho uma vida confortável hoje e adotei 10 famílias que contribuo para a renda delas mensalmente. Minha maior missão é ajudar ao próximo”, conta.
A ligação da ex-Ronaldinha com o continente asiático surgiu quando ela conheceu a região em uma competição de bodyboard. “Conheci Bali na época em que era atleta e me apaixonei pela beleza e segurança de lá. Brinco que quero envelhecer naquele lugar”, deseja.
Nascida em um lar católico, a ex-namorada do Ronaldo Fenômeno passou pelo candomblé, até se converter em um momento de dificuldade em que a fé a ajudou. “Na época do Ronaldo, eu era um pouco de tudo, católica, espírita, mas não tinha me aprofundado em nenhuma delas, como me aprofundei hoje”, explica.
Vivi começou a frequentar cultos muito antes de se converter de fato. “Na época da Copa, em 2002, eu fazia até uma célula na minha casa e na da Carla Perez, quando ela morava em São Paulo (SP). Em 2004, trabalhei como produtora do João Kleber e ali eu queria muito Jesus, mas não tinha tido um encontro real”, relembra.
A ex-Ronaldinha conta que acabou se afundando nas drogas. “Quando fui morar no Japão em 2005, voltei a usar metanfetamína, tive uma recaída e começou uma luta, cada vez pior. Em 2008, recebi o convite para fazer os filmes adultos. Estava em um momento bem delicado. Tive uma gravidez problemática. Eram gêmeas e uma veio a óbito. Estava com dificuldades financeiras e aceitei a proposta”, justifica.
A dependência química a abalou psicologicamente e ela precisou ser internada em uma clínica psiquiátrica. “Ali começou um grande desespero, entrei em depressão e, em 2009, me vi no fundo do poço. Procurei ajuda e fiquei em tratamento psiquiátrico. Passei 30 dias internada”, relata.
Segundo a Vivi, ela viu a morte chegar bem perto no momento de fragilidade emocional. “Durante essa minha internação, tive uma revelação e o Espírito Santo me mostrou como seria horrível o meu fim, caso eu não renunciasse a vida que estava levando. Quando saí da clínica, fui comemorar meu aniversário de 33 anos na Igreja Batista e ali realmente foi o meu encontro com a fé”, exalta.
Para Vivi, não existe dinheiro que a faça voltar a levar a vida de antes. Mesmo depois de convertida, ela recebeu uma boa proposta para fazer um filme pornô. Na ocasião, ela iria contracenar com Thammy Miranda.
“São 11 anos convertida, mas a conversão é diária, como se fosse uma obra, em construção constante. Quando você se arrepende verdadeiramente, você deixa de cometer novamente aqueles atos. Eu já convertida, em 2010, me fizeram uma proposta de gravar uma cena com outra mulher, na época era a Thammy (antes da transição sexual)”, revela.
Apesar de se arrepender do passado, Vivi faz questão de o relembrar para outras mulheres que se identificam com a sua história. De acordo com ela, teve caso até de pessoa que desistiu de suicidar após o seu auxílio espiritual.
“Hoje, através das minhas más escolhas e testemunho posso ajudar outras mulheres e meninas que passam pela mesma situação. Estive lado a lado com a Leila Lopes. Tinha dois anos que ela tinha feito os filmes e ela suicidou. Eu uso tudo que vivi para que outras pessoas não precisem passar pelo o que eu passei”, conclui.
Fonte: Guia-me com informações da Revista Quem