O arcebispo de Nápoles, cardeal Crescencio Sepe, afirmou que a Igreja “não se cansará” de condenar a violência do crime organizado, que encontrou na cidade italiana um terreno fértil, apesar de não ter citado diretamente a Camorra, a máfia local.

Sepe fez estas afirmações em sua saudação a Bento XVI, que ontem visitou Nápoles por ocasião do Congresso inter-religioso organizado pela Comunidade de San Egidio sob o lema “Por um Mundo sem Violência”.

O arcebispo de Nápoles abriu com esta mensagem a missa que o Papa celebrou diante de milhares de pessoas na Praça do Plebiscito, no centro da cidade, em meio à chuva e ao frio intensos.

“A realidade de Nápoles é complexa e difícil, e, por isso, merece uma atenção especial”, disse Sepe, que acrescentou que “o fenômeno da violência, embora generalizado, encontrou terreno fértil na cidade” e “é ainda mais odioso quando praticado de maneira organizada”.

Sobre isso, o arcebispo acrescentou que a “Igreja não se cansará de afirmar que a violência é sempre uma ofensa a Deus e uma intolerável violação ao próximo”.

“A Igreja está sempre disposta e unida para condenar tudo o que vai contra o homem e defender não só o bem comum, mas o valor supremo do amor”, acrescentou.

O Papa viajou a Nápoles a convite de Sepe para apoiar o congresso inter-religioso, do qual participam, entre outros, Rowan Williams, arcebispo de Canterbury e chefe espiritual da Igreja Anglicana; Yona Metzger, grande rabino ashkenazi de Israel; e representantes da Igreja Ortodoxa russa e do islamismo.

Fonte: EFE

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