Um dia depois de a Promotoria de Saúde do Ministério Público de Pernambuco recomendar que a distribuição da pílula do dia seguinte seja mantida no Estado, a Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistemas de Saúde (Adseps) entrou com ação na Justiça pedindo a suspensão da entrega do medicamento no Carnaval.

Aliada da Arquidiocese de Recife e Olinda contra a distribuição pela rede pública de saúde, a associação diz que o acesso gratuito e a desinformação de grande parte das mulheres sobre o contraceptivo podem causar danos à saúde delas. A Aduseps também considera a pílula abortiva. “A denúncia da Igreja tinha que ser levada em consideração”, segundo a coordenadora-executiva da associação, a médica-ginecologista Renê Patriota.

Renê argumenta que o contraceptivo de emergência é ainda de uso restrito e tem contra-indicações a serem respeitadas por se tratar de um hormônio de alta dosagem. Ela considera um absurdo a iniciativa das prefeituras e a oferta do medicamento em postos de saúde a serem instalados nos pontos da folia na capital pernambucana.

Fonte: O Povo

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