O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu desculpas nesta quinta-feira pela queima de exemplares do Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, por soldados norte-americanos em uma base militar na capital do Afeganistão, Cabul.

O pedido foi feito por meio de uma carta ao presidente do Afeganistão, Hamid Karzai.

Na carta, Obama lamenta o incidente e promete uma investigação. “Quero estender a você e ao povo afegão minhas mais sinceras desculpas”, afirmou, dirigindo-se ao presidente e à população afegã.

No comunicado, Obama ainda garante ainda que irá tomar as medidas necessárias para evitar que o fato ocorra novamente e ainda que iria punir os responsáveis, de acordo com o IG.

A mensagem foi entregue pelo embaixador Ryan Crocker nesta quarta-feira (23), em Cabul.

Pelo menos cinco manifestantes teriam sido mortos nos confrontos durante os protestos em diversas regiões do país, onde grupos de pessoas gritavam “morte a Obama”.

Hoje, pelo terceiro dia consecutivo manifestantes afegãos saíram às ruas para protestar contra os EUA.

Diante da situação, o Talibã já se manifestou e conclamou o povo a atacar quartéis estrangeiros e matar ocidentais em repostas à queima do Alcorão.

Em um email, o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, escreveu: “nossa brava gente deve alvejar bases militares dos invasores, seus comboios militares e suas forças invasoras”.

O grupo ainda pediu que os afegãos protestem para que “ensinem uma lição para que os americanos nunca mais ousem insultar o livro sagrado”.

[b]Responsável[/b]

Um oficial norte-americano foi responsabilizado pela queima de exemplares do Alcorão.

O presidente Karzai se reuniu com membros do parlamento e comentou o pedido de desculpas do presidente norte-americano.

Segundo apuração de agências internacionais, foi utilizada uma incineradora para a destruição dos exemplares.

Funcionários afegãos da base militar teriam identificado o livro, e ainda tentaram impedir que fossem destruídos, conseguindo retirar alguns que foram levados para fora do local.

[b]Fonte: The Christian Post[/b]

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