Arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, se disse surpreso com o anúncio. Papa anunciou que irá renunciar ao pontificado no dia 28 de fevereiro.

A notícia da renúncia anunciada do Papa Bento XVI pegou a comunidade católica paranaense de surpresa na manhã desta segunda-feira (11). O portal G1 conversou com o Arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, que esteve com Joseph Ratzinger em um encontro em Roma no ano de 2011. Ele contou que, na ocasião, o Papa já apresentava problemas de saúde.

O anúncio de Bento XVI foi feito na manhã desta segunda no Vaticano. O Papa falou em latim aos cardeais que, devido à idade avançada, “não tem mais forças” para exercer as obrigações do cargo. “Por essa razão, e bem consciente da seriedade desse ato, com total liberdade declaro que renuncio ao ministério como Bispo de Roma, suc

“A gente ficou sabendo lá (em Roma) que ele não estava em plena saúde, mas nunca alguém disse concretamente o que o Papa teria de doença. Na carta que ele leu hoje pela manhã, ele reconhece uma incapacidade de adequadamente cumprir o ministério, o que mostra a grandeza e a santidade do Papa Bento XVI. Um grande homem, com grandes ideais”, afirmou Battisti à reportagem.

Apesar da constatação do problema de saúde, Battisti afirmou que a comunidade católica não esperava que a renúncia viesse. “Foi uma surpresa para todos nós. Uma vez ele deu uma entrevista a uma revista suíça, na qual disse que se chegasse o dia em que ele não tivesse mais condições físicas, ele renunciaria. Foi o único momento em que ele se manifestou sobre o assunto”, lembrou o arcebispo.

A última renúncia no comando da Igreja Católica foi em 1415, quando o Papa Gregório XII anunciou a saída do cargo para encerrar uma disputa com um candidato rival, após pressão interna. Antes dele, o Papa Celestino V renunciou em 1294, após ficar nove meses no cargo, entre julho e dezembro de 1294.

“Até o dia 28 de fevereiro ele continua sendo o Papa. Então assume o comando da Igreja, como sede vacante, o cardeal Tarcisio Bertone, que é o Camerlengo. Este é um cargo ainda da Idade Média, que é o cardeal que assume o comando no caso de morte ou renúncia”, explicou o arcebispo. Bertone deve permanecer no cargo até que o cardeal decano do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano, convoque o conclave que irá eleger o novo Papa. O pontífice deve ser eleito entre os 122 componentes do Colégio.

[b]Fonte: G1[/b]

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