A Igreja Católica dos Estados Unidos prometeu nesta quarta-feira, 12, colaborar com o presidente eleito americano, o democrata Barack Obama, e lhe pediu que os ajude em seus esforços para concretizar a união do país.

Em declaração emitida no encerramento de uma assembléia em Baltimore, estado de Maryland, a Conferência Episcopal dos EUA assinalou que, no entanto, essa unidade se vê ameaçada pelas divisões criadas na sociedade pelo problema do aborto.

A prática do aborto foi aprovada em 1973 em uma decisão do Supremo Tribunal americano, que desde então foi criticado pelos setores mais conservadores e aplaudido pelos mais liberais.

“Os bispos vêem neste momento que uma má decisão será considerada com uma má legislação, que é ainda mais radical que a decisão do Supremo”, indicaram.

Os bispos se referiam a um projeto de “Lei de Liberdade de Opção”, apresentado no Congresso que declararia ilegal “qualquer interferência” em casos de aborto.

“Os bispos da Igreja Católica nos Estados Unidos recebem comprazidos este momento de transição histórica e esperam trabalhar com o presidente eleito Obama e os membros da nova legislatura pelo bem de todos”, afirmaram.

Os representantes da Igreja disseram ainda que “a união desejada por Obama e todos os americanos neste momento de crise será impossível de ser alcançada” se as políticas da nova Administração aumentarem os abortos.

“Mais uma vez expressamos nosso grande desejo de trabalhar com todos que desejam o bem comum de toda a nossa nação”, assinalaram os bispos.

“O bem comum não é a soma total dos interesses individuais. O bem comum é alcançado mediante a concretização de uma vida comum baseada na razão e na boa vontade para todos”, acrescentaram.

Fonte: EFE

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