Culto em uma igreja
Culto em uma igreja

Os dois países que figuram entre as 25 nações com o maior número de cristãos passaram por um processo de colonização europeia, entre eles os Estados Unidos e o Brasil.

Com cerca de 2.2 bilhões de seguidores no mundo, o Cristianismo é a maior religião do planeta.

A evangelização começou com a ordem de Jesus em Marcos 16:15: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.”

Com um chamado ministerial específico para pegar aos gentios, o apóstolo Paulo assume essa tarefa, dada a ele por Jesus, segundo relata o livro de Atos, capítulo 9.

Assim, o Cristianismo se espalhou por regiões do Oriente Médio, Ásia e Europa, inclusive em Roma, centro do poderoso império que dominava parte dessas regiões. E depois, para o mundo, por meio de colonizações e missões.

Paulo e a expansão do Evangelho

Claudio Modesto, que trabalha em conexão ao NCMI (New Covenant Ministries International) através da NCMI BRASIL, lembra que o IDE continua.

Em sua próxima viagem obra missionária à África, Modesto irá aos seguintes países: Uganda, Ruanda, Bukavu (na República Democrática do Congo) e Kitale (no Quênia).

Modesto, que também é colunista do site cristão Guiame, lembra que, depois de Jesus, as duas figuras mais significativas do Cristianismo são os apóstolos Pedro e Paulo (antes Saulo). Paulo, em particular, assume um papel de liderança na divulgação dos ensinamentos de Jesus aos gentios (não judeus) no Império Romano.

“Nas décadas após a morte de Jesus, o apóstolo Paulo escreveu muitas cartas que agora fazem parte do Novo Testamento da Bíblia cristã. Paulo era cidadão romano e enviou essas cartas a pequenas comunidades de cristãos que viviam em todo o Império Romano”, explica.

“As cartas nos mostram que Paulo e seus companheiros cristãos ainda estavam descobrindo exatamente o que significava ser cristão e a cada dia se mostravam mais apaixonados por Jesus fazendo com que o evangelho fosse espalhado rapidamente”, declara.

O Brasil e a obra missionária

A evangelização se espalhou pelo mundo através da colonização e da obra missionária, da qual o Brasil passou a fazer parte, levando a Palavra de Deus para diversas partes do mundo.

Para o colunista do Guiame, Ediudson Fontes, as histórias de missões é algo que nos faz refletir sobre o desafio que temos ainda pela frente. “A obra da evangelização é de nossa responsabilidade”, afirma.

“Os nossos irmãos batistas, presbiterianos, congregacionais, metodistas e outros, possuem histórias na área missionária que merecem ser destacadas. Todavia, no século XX, são os pentecostais que aparecem no cenário evangélico da evangelização global”, diz.

O continente africano é alvo de trabalhos missionários ligados à igreja americana e europeia, e mais recentemente, também recebe missionários do Brasil, como a Missão Mãos Estendidas.

A MME atua há mais de 22 anos na África com um trabalho extenso em campo: são mais de 350 igrejas em 4 nações, localizadas principalmente no interior da África. Só em Moçambique, são mais de 200 igrejas.

“Temos aqui cerca de 200 pastores de aldeias de Moçambique e Zimbabwe. São pastores que estão em lugares bem diferentes da realidade que conhecemos”, afirma o pastor Elias Caetano, presidente da MME.

Povos não alcançados

A definição de povos não alcançados se refere ao grupo de pessoas onde há menos de 2% de evangélicos entre eles. Isso pode compreender quase 42% da população mundial, segundo o East-West, um ministério de evangelismo global.

Os grupos de pessoas considerados “menos alcançados” somam mais de 3 bilhões, segundo a organização Joshua Project, que atua no alcance maior do evangelismo global.

Par ajudar a transformar essa realidade, evangelistas se esforçam e enfrentam riscos reais de vida para expandir o Evangelho nessas localidades.

Evangelista norueguês, Leif Hetland tem chamado missionário para pregar ao mundo muçulmano. Em entrevista exclusiva ao Guiame, ele disse que chegar a países como Afeganistão e Iraque para levar o Evangelho é como entrar em uma tempestade, mas o esforço vale a pena.

“Somos uma família de famílias apaixonadas pela busca e expansão do Reino de Deus. Estamos comprometidos em construir uma família global através do amor, enquanto buscamos apresentar um Deus que se parece com Jesus”, explica Hetland.

A seguir, os três países das Américas com o maior número de cristãos.

  1. Estados Unidos: 230 milhões de cristãos

No país vivem 230 milhões de cristãos. O Cristianismo é a religião mais popular, com a maioria sendo do segmento protestante/evangélico. O Cristianismo se fixou no país ainda sob o domínio britânico, com alguns estados, como a Pensilvânia, sendo estabelecidos como refúgios cristãos.

Com a independência política, também veio a independência religiosa. Isso trouxe a proliferação das igrejas protestantes, que resistiam à influência da igreja católica nos EUA.

Denominações como Batistas, Metodistas, Presbiterianas, Assembleia de Deus e um grande número de outras independentes estão espalhadas e enraizadas por todo o país, que também se dedicaram a enviar missionários às nações.

Deus é visto como um ser supremo em todas as denominações, e a Bíblia é considerada como um livro sagrado. Os Estados Unidos não possuem uma religião estatal, e a constituição garante liberdade de culto a todos.

O número de cristãos no país tem se reduzido, e o número de pessoas não afiliadas a nenhuma religião organizada está crescendo.

  1. Brasil – 180 milhões de cristãos

O Brasil tem a maior população de cristãos na América Latina, entre católicos e evangélicos, mas o país deve passar a ser majoritariamente evangélico ainda este ano, segundo demógrafo.

“O Vaticano está perdendo o maior país católico do mundo – é uma perda enorme, irreversível”, disse José Eustáquio Diniz Alves, um importante demógrafo brasileiro e pesquisador titular do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), falando ao Wall Street Journal.

A constituição brasileira garante liberdade de culto no país, e há muitas igrejas protestantes reconhecidas e históricas, que incluem luteranos, batistas, metodistas e assembleianos.

  1. México – 107 milhões de cristãos

Ainda na América Latina, dentre os países com o maior número de cristãos se encontra o México, onde a maioria são católicos. A prevalência de todas as formas de Cristianismo, no México, é de 92%. A religião tem sua origem na colonização espanhola.

O protestantismo se enraizou entre o século XIX e XX. No país, o cristianismo é geralmente tolerante, e as diferentes religiões convivem em harmonia. A constituição do México estabelece a separação entre o estado e a igreja, e há liberdade de culto no país.

O crescimento do secularismo está reduzindo o número de cristãos. O cristianismo evangélico está crescendo, e o católico diminuindo.

Outros países de grande população cristã são: Filipinas (86 milhões), Rússia (entre 66 e 99 milhões), Congo (63 milhões), Etiópia (52 milhões), Itália (53 milhões) e Alemanha (47 milhões).

Fonte: Guia-me com informações de Socientifica

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