A polícia ainda pode prender outros suspeitos de terem participado da morte da aposentada Ilza Lima Duarte, 77 anos. As novas prisões poderão ocorrer conforme o resultado de perícias e algumas diligências realizadas nos últimos meses, que devem chegar às mãos da delegada Vanessa Pitrez Corrêa nos próximos dias.

Nesta semana, duas pessoas que trabalhavam no prédio onde a idosa morava, no centro da Capital, foram presas. A expectativa da delegada é de concluir o inquérito em um mês.

Amparados pelo segredo de Justiça concedido pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, desde maio do ano passado os cinco agentes comandados pela delegada trabalharam em silêncio e conseguiram coletar um conjunto de provas. O primeiro resultado desses indícios foi a decretação pela Justiça das prisões de duas pessoas próximas à vítima. Uma delas foi detida na quarta-feira, e outra, na quinta-feira, em Porto Alegre.

Como as prisões têm 30 dias de validade – para efeitos de investigação –, novos elementos ainda podem surgir. Como o inquérito está em segredo de Justiça, a delegada não comenta detalhes do caso. Muito menos o teor do depoimento dos presos.

– Temos provas consistentes e que devem ajudar na solução do caso. Mas o inquérito continua em segredo de Justiça. Tão logo sejam concluídas as investigações, não haverá mais razões para a manutenção do segredo, e dessa forma poderei passar as informações do inquérito – explica Vanessa.

Nesses 13 meses que se passaram desde a morte de Ilza – inicialmente tratada como morte natural até se descobrir que havia sido atestada morte violenta –, além dos principais suspeitos, outra pessoa chegou a ser investigada. Nenhum indício, contudo, se comprovou contra ela.

A hipótese de que a morte da frequentadora da Igreja Anglicana fora resultado de um acidente vascular cerebral, em fevereiro de 2008, jamais convenceu amigos da idosa. Inconformados com a inoperância da polícia, eles tiveram acesso à certidão de óbito de Ilza e descobriram que havia sido atestada morte violenta e passaram a pressionar os policiais.

O caso passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios, mas dois meses depois, a delegada Vanessa assumiu as investigações. A mudança ocorreu devido a desentendimentos do delegado Bolívar Llantada – titular da Homicídios – com as advogadas de um casal de vizinhos de Ilza, principais beneficiados pelo testamento da idosa.

Fonte: Zero Hora – RS

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