Com uma população 98,3% muçulmana, a influência do islamismo na Turquia está crescendo.
Após os agnósticos, os cristãos são o terceiro maior grupo religioso no país – no entanto, esse grupo corresponde a menos de 1% da população.
O principal tipo de perseguição presente na Turquia é a opressão islâmica, fazendo com que o nacionalismo religioso afete todos os cristãos no país, mas especialmente os cristãos ex-muçulmanos.
O nacionalismo religioso presente na sociedade coloca muita pressão sobre os cristãos.
O governo não atua contra os cristãos em particular, mas o nacionalismo da sociedade não deixa lugar para que anunciem sua mensagem.
Desde a tentativa fracassada de golpe em 2016, o governo do presidente Erdogan deixou cair sua máscara de apoio à democracia e está abertamente restringindo a liberdade em toda a sociedade turca.
Devido às novas políticas mais restritivas do governo, o nível de intolerância contra todos que não apoiam Erdogan aumentou.
Cidadãos não muçulmanos sunitas, inclusive a minúscula minoria cristã, enfrentam aumento de pressão, o que tem se traduzido de forma crescente em incidentes violentos.
Apesar de a conversão não ser legalmente proibida, os cristãos ex-muçulmanos enfrentam forte oposição social.
Os convertidos são pressionados por suas famílias e comunidades a retornar ao islã; até mesmo trocar de denominação cristã pode ser problemático.
Por isso, muitas vezes, os cristãos escondem sua conversão. Embora os convertidos ao cristianismo possam trocar seu status religioso na carteira de identidade, o processo pode ser difícil e estressante.
Uma vez descoberto, um cristão ex-muçulmano pode ser ameaçado de divórcio e perda de seu direito de herança.
O coquetel de islamismo e nacionalismo também afeta os cristãos que não eram muçulmanos. Esses são de etnias minoritárias, como gregos, armênios e siríacos.
Eles não são considerados membros da sociedade turca e se deparam com vários tipos de obstruções legais e burocráticas.
Os cristãos não têm acesso ao setor público de emprego e enfrentam discriminação no setor privado. Como a afiliação religiosa é registrada no documento de identidade, é muito fácil descartar candidatos cristãos.
A Turquia, que ocupa a 26ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, necessita das pela Igreja Perseguida do país, para que mesmo em minoria e ameaçada, possa se levantar e resplandecer, para que seja estabelecida uma igreja forte no país, com raízes profundas no evangelho da graça e habilitada a mostrar o amor de Deus ao seu próximo e aos seus inimigos.
Fonte: Portas Abertas