A gravadora MK Music já está preparando seu novo CD Amo Você-Volume 15 para o “Dia dos Namorados” que, dentre as muitas novidades, traz três composições do músico Henrique Cerqueira (foto), autor da música “Pensando em Você”, regravada pela cantora popular Cláudia Leitte.

Henrique, membro da Igreja Presbiteriana Independente em Maringá (Paraná), é fundador da Banda Pimentas do Reino e autor da música “Pensando em Você”, que foi regravada pela cantora popular Cláudia Leitte. Existe na Internet um vídeo em que Henrique interpreta esse grande sucesso com Cláudia e que já ultrapassou a marca de 2 milhões de acessos no YouTube.

O álbum Amo Você 15 trará, dentre outras lindas canções, as músicas “Don Juan”, “Crime” e “Não Fuja de Mim” gravadas, respectivamente, por Wilian Nascimento, Pamela e Kleber Lucas. Todas compostas por Henrique Cerqueira., que conversou com exclusividade com o portal Elnet e falou sobre o projeto.

Como foi para você ter três músicas gravadas no Amo Você Volume 15?

Foi fantástico. Aquela música assim…(começa a cantar) “Quando o amor toca o coração…”. Eu diria que “Pensando em Você” tem muito a dever a essa canção. Eu ouvi muito essa música, cantei muito em serenata. Essa principalmente e outras também do CD Amo Você. Então, participar disso hoje é, na verdade, de Deus mesmo. Uma coisa maravilhosa para minha vida profissional. Em suma, eu estou muito feliz, me sentindo valorizado. Deus fez algumas promessas pra mim e eu não acreditava. Mas tenho visto que Ele pensa grande pra mim. Muitas vezes pensei pequeno demais, mas glória a Deus. Deus pensa sempre grande pra gente e é bom que a gente aprenda a pensar grande como Ele!

Fale um pouco sobre as canções gravadas no Amo Você 15.

“Don Juan” e “Pensando em Você”, que é minha música mais conhecida, tiveram a mesma matéria-prima. Eu era um garoto muito tímido e fiz essas canções não com o intuito de me declarar, mas como se fosse uma forma de contar pra alguém. Se eu contasse na igreja ou pra alguém, todo mundo ia ficar sabendo. Isso foi há tempos atrás, eu era adolescente, e se eu fosse contar, eu teria de enfrentar a situação, mas não sabia como fazer isso, então escrevi essas canções e uma delas foi “Don Juan.” Deus me deu uma forma de sublimar o que eu estava sentindo, de trabalhar esse sentimento. Os medos, a vontade, a paixão, o amor, viraram essas músicas. A música apareceu assim, eu não tinha pretensão de me tornar cantor. Surgiram mais para conquistar uma pessoa. Não conquistaram (risos). Mas me levaram para conquistar outras coisas na vida, no ministério.

“Não fuja de mim” também foi uma música que eu fiz para uma menina por quem eu me apaixonei. Ela fazia medicina e aí tem uma brincadeira dentro da música. Ela tinha uns problemas emocionais de relacionamento com ela mesmo e com outras pessoas e por isso a música fala assim: “Sou parceiro de um doutor, sei de um tratamento/ Terapia do amor, pros teus sentimentos”. Na verdade, esse doutor aí é Deus. E essas canções saem dessas vivências. Nessas canções, especificamente, eu orava muito a Deus, eu estava sofrendo.

“Crime” foi pra outra pessoa. Eu tinha uma amiga e meio que me apaixonei por ela, foi uma confusão louca. Porque eu me apaixonei para tentar esquecer a menina da música “Don Juan”. A gente era muito amigo, andava muito junto, eu defendia ela como irmã, e todo mundo falava: “Ah, vocês vão namorar…”. Nessa época, ela estava sofrendo demais por causa de amor também e eu querendo ajudá-la acabei me apaixonando. Era Natal, estávamos na igreja e estava um pôr do sol lindo, eu não estava aguentando mais, olhei aquele entardecer laranja e me declarei. Ah, Jesus. Pra quê?! Ela começou a me tratar como um idiota, ela humilhava. Eu não entendi nada. Ela começou a me maltratar, a me tratar como um criminoso. Eu me afastei e aí fiz a música “Crime” pra ela. Não cheguei a mostrar a ela, que só veio a saber da música e que era para ela, muito tempo depois.

Você já ouviu como ficaram as músicas? O que achou?

Eu já tive oportunidade de ouvir “Não fuja de mim” na voz do Kleber Lucas e ficou linda, linda, linda. Muitas vezes as pessoas vêem o evangélico e o mercado gospel como alguma coisa de segunda linha, como uma não cultura, um tipo de manifestação não respeitável, e pelo que eu já vi com a gravação do Kleber Lucas, esse é o tipo de trabalho que pode mudar esse tipo de pensamento, de imagem. E é uma honra participar disso. Toda honra e toda glória é do Senhor Jesus e estamos aí pro que der e vier.

Durante muitos anos você foi líder da banda Pimentas do Reino, que é uma banda cult, que não foi lançada oficialmente no mercado comercial mas se tornou conhecida nacionalmente através da internet. Você tem planos de trazer a banda de volta?

Olha, eu tenho. Eu sei que em última instância o propósito que era falar de Jesus de um jeito diferente pra moçada. E foi o Pimentas que me ensinou isso, foi o andar com esses irmãos nesse contexto todo que me deixou isso claro, então eu gostaria, sim, de juntar a banda de novo. A gente em um acampamento mudava tudo, no meio da rua, a gente mudava tudo, se nos colocassem em qualquer lugar fazíamos algo legal porque a gente se completava, éramos uma boa equipe. Eu tinha a liderança, mas tinha muita dificuldade em pastorear a galera. Estava dando certo e, ao mesmo tempo, a gente tinha a incompreensão dos nossos líderes e eu acabei saindo da banda. Se eu tivesse a oportunidade, eu voltaria, sim. De repente é possível. Se Deus quiser…

Fonte: Elnet

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