Foi sepultado hoje no início da tarde, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, o teólogo, sociólogo, professor, jornalista e escritor Waldo Aranha Lenz Cesar, 84 anos. Ele faleceu ontem, após três anos de luta contra um câncer.

Natural de Resende, no Rio de Janeiro, Waldo César integrava o grupo assessor de Responsabilidade Pública da presidência da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e foi assessor e colaborador da Fundação Luterana de Diaconia (FLD). Ele presidia as ONGs Davida e Crescente Fértil, do Rio.

Waldo César foi um dos fundadores da Editora Paz e Terra e integrou o Núcleo de Pesquisa do Instituto de Estudo da Religião (ISER). Ele coordenou a seção sobre religião das enciclopédias Delta-Larousse e Mirador Internacional.

De 1979 a 1987, foi coordenador da Campanha Mundial contra a Fome – Ação para o Desenvolvimento, da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), para a região América Latina.

Intelectual de formação protestante, Cesar foi bolsista do Instituto Ecumênico, do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), em 1957, para a especialização em ecumenismo e igreja e sociedade. Em parceria com o teólogo presbiteriano Richard Shaull, Waldo foi autor de “Pentecostalismo e futuro das igrejas cristãs – promessas e desafios”.

Nos anos 60 do século passado, Waldo César foi um dos coordenadores da Confederação Evangélica do Brasil (CEB), fundada em 1932 e que reunia a maioria das igrejas dessa família confessional.

A CEB foi a primeira organização ecumênica organizada no Brasil, que programou uma série de três conferências, entre 1956 e 1961, sob o tema “Cristo e o processo revolucionário brasileiro”, para o debate da situação do país, mas a partir do quadro do Nordeste.

Waldo era viúvo, foi casado com a professora Maria Luiza Cesar. O casal teve dois filhos, jornalistas, uma filha, poeta, e um neto.

A cerimônia fúnebre foi presidida pelo pastor Mozart Noronha, com a participação dos pastores Edson de Almeida Fernandes, Luís Longuini Neto, Carlos Alberto, Zwinglio da Mota Dias e José Roberto Cavalcante, da pastora Margarete Emma Engelbrecht e da diácona Vilma Petsch.

A pregação esteve a cargo de Rubem Alves, que falou de esperança e saudade e leu uma oração do pastor batista norte-americano Walter Rauschenbush.

Fonte: ALC

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