Culto na Assembleia de Deus Bethel - Doha Catar. (Foto: Facebook - Igreja Bethel AG Doha Catar)
Culto na Assembleia de Deus Bethel - Doha Catar. (Foto: Facebook - Igreja Bethel AG Doha Catar)

O Catar ou Qatar, uma península localizada no litoral do Golfo Pérsico, no oriente Médio, está em evidência em todo a mídia. Os holofotes apontados para o pequeno emirado são devidos à maior competição de esporte único: a Copa do Mundo de futebol.

A cerimônia de abertura da Copa do Catar aconteceu no domingo (20), às 11h (horário de Brasília).

Segundo a Forbes, em 2022 o país, que faz fronteira com a Arábia Saudita e é separado por um estreito do Golfo Pérsico do Bahrein, foi considerado o 4º mais rico do mundo.

Comandado pela família al-Thani, que ganhou esse direito político concedido pelo Reino Unido e pelo Império Otomano, o país asiático tem uma população de aproximadamente 2,8 milhões de habitantes. Do total, cerca de 75% são estrangeiros, representados especialmente pelos indianos. Quase 90% da população vive na área urbana.

De acordo com o Qatar Statistics Authority, a população masculina atual é de aproximadamente 2.036.932 homens e cerca de 646.575 mulheres. Esses números fazem do Catar o país com o maior número de homens para cada mulher.

Estrangeiros

Outras comunidades estrangeiras também ajudam a compor a população catariana, entre elas nepalenses, filipinas, paquistanesas e de outras nacionalidades menos representativas. Segundo dados do país, cerca de 800 brasileiros vivem no Catar.

A dinastia reinante no Catar está no poder desde 1825. Após a renúncia sobre a região do Catar pelos otomanos, o país passou a ser um protetorado britânico, em 1916. Quase 60 anos depois, país conquistou sua independência do Reino Unido, e se tornou um Estado Soberano.

Só em 2003, uma Constituição foi aprovada após um referendo com cerca de 98% de aprovação. O Catar corresponde a uma Monarquia Absolutista e Constitucional. No Catar, partidos políticos são proibidos e não há legislatura independente.

Religião

A principal religião do país é o islamismo, mas outras crenças em minoria podem ser praticadas no país entre elas o cristianismo.

Aproximadamente 9,6% da população do Catar é cristã, formada em sua imensa maioria por trabalhadores filipinos, indianos e libaneses, além de alguns convertidos do islamismo.

Apesar de grupos missionários estrangeiros não ter permissão para trabalhar no país, a Copa do Mundo é uma oportunidade para evangelizar no Catar.

A Sociedade Bíblica divulgou que irá distribuir exemplares do Novo Testamento e do Evangelho de João durante a competição. A tradução será em 14 idiomas, entre eles o árabe, inglês, francês, alemão, hindi, italiano, malaiala, nepalês, português e cingalês.

As Bíblias serão oferecidas aos turistas de várias nacionalidades que visitarão o país árabe e aos trabalhadores imigrantes.

“Nosso mandato como Sociedade Bíblica é acender esperança, cuidado e amor nos corações de milhares”, declarou o Dr. Hrayr Jebejian, secretário-geral da Sociedade Bíblica no Golfo.

Igrejas cristãs

Segundo a Religion and Public Life, antes da construção contínua de igrejas, os cristãos se reuniam em casas particulares e centros comunitários para adoração. Tanto o governo quanto os líderes cristãos promovem a necessidade de discrição e comunicação amigável, e os símbolos cristãos não são permitidos no exterior das igrejas.

Entre a minoria cristã, os católicos romanos encabeçam a lista, seguidos por protestantes, anglicanos e cristãos não afiliados. Apenas seis igrejas são reconhecidas pelo governo do Catar: católica romana, anglicana, ortodoxa grega, ortodoxa síria, copta e cristã indiana.

Culto na Assembleia de Deus Bethel - Doha Catar. (Foto: Facebook - Igreja Bethel AG Doha Catar)
Culto na Assembleia de Deus Bethel – Doha Catar. (Foto: Facebook – Igreja Bethel AG Doha Catar)

As denominações menores não reconhecidas oficialmente, em grande parte protestantes, devem realizar cultos sob o amparo de um dos seis grupos reconhecidos. A Igreja Anglicana abriga sessenta evangélicos, protestantes e pentecostais.

Aos poucos, as igrejas estão conseguindo algumas conquistas. Segundo a Religion and Public Life, várias já foram construídas e outras foram aprovadas para construção futura.

“Uma igreja católica foi inaugurada em março de 2008, cujo terreno foi doado diretamente ao Emir, Sheikh Hamad bin Khalifa. Uma Igreja Anglicana foi consagrada em setembro de 2013 com capacidade para 15.000 lugares e é supervisionada pela Diocese Anglicana de Chipre e do Golfo”, diz a RPL.

A instituição, ligada à Harvard Divinity School, diz ainda que várias outras igrejas estão planejadas para o mesmo complexo, conhecido como Complexo Religioso de Mesaymir ou “Cidade da Igreja”, um movimento visto como consistente com os esforços do Catar para modernizar e atrair trabalhadores expatriados.

Liberdade religiosa

Apesar da relativa liberdade religiosa, o Catar figura em 18º lugar na Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas.

As mulheres enfrentam restrições e limitações aos direitos humanos devido à sharia (conjunto de leis islâmicas). Elas são obrigadas a obedecer ao marido, serem vulneráveis à violência doméstica e restringidas legalmente de herdar metade do que um familiar masculino nas mesmas condições receberia.

No Catar, os homens são mais visíveis na esfera pública e, portanto, estão à frente da interação com as autoridades. Os que estão na liderança cristã são obrigados a relatar detalhes das atividades da igreja.

Os homens cristãos ex-muçulmanos não são imunes à pressão doméstica. Quando a conversão se torna conhecida, a família pode ameaçar de tirar as esposas e os filhos e colocá-los com outra família. A fé cristã de um pai jamais deve ser compartilhada com um filho.

Fonte: Guia-me com informações de G1 e Religion Public Life

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