Bolsonaristas radicais invadem e destroem Congresso, Palácio do Planalto e STF em Brasília. (Foto: Reprodução/YouTube)
Bolsonaristas radicais invadem e destroem Congresso, Palácio do Planalto e STF em Brasília. (Foto: Reprodução/YouTube)

Deputados do PSOL apresentaram requerimentos na CPMI do 8 de janeiro para convocar evangélicos que relataram à Polícia Federal terem viajado a Brasília para o ato antidemocrático por meio de ônibus organizados por igrejas.

Os deputados Erika Hilton (Psol-SP) e Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) foram os que apresentaram os requerimentos. Vieira é da Igreja Batista do Caminho. A informação é do colunista Aguirre Talento, do portal Uol.

“Na #CPMIdoGolpe, poderemos distinguir as pessoas que têm uma fé generosa, amorosa e pacífica, daquelas que sequestram a religião, a espiritualidade e a crença para legitimar seus projetos de poder, violência e destruição da democracia!”, escreveu o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) neste sábado, 3.

Ao menos três igrejas foram citadas em depoimentos de presos, em março deste ano, como financiadoras dos ônibus que levaram os terroristas até Brasília. São elas: a Igreja Presbiteriana Renovada, de Sinop, no Mato Grosso; a Igreja Batista de Maceió, em Alagoas; e a Assembleia de Deus de Xinguara, no Pará. Outros depoimentos também citam a participação de evangélicos, mas sem detalhes da denominação religiosa.

Entre os depoimentos, está o de Sirlei Siqueira, moradora de Sinop (480 km de Cuiabá). Ela afirmou à PF que viajou em uma “excursão da Igreja Presbiteriana Renovada”. Jamil Vanderlino, também morador de Sinop, disse ter viajado em um “ônibus financiado por igreja evangélica”. No entanto, os dois não deram detalhes sobre quem financiou a viagem. Jamil disse que “fará uso de seu direito de permanecer calado”.

Um outro alvo preso pela PF, morador de Maceió, Ademir Almeida da Silva, disse que tinha remuneração mensal de R$ 400 e citou o nome de um pastor da Igreja Batista, Adiel Brandão de Almeida, como um dos financiadores de sua viagem. Procurado, o pastor disse que viajou com Ademir para Brasília e que “cooperou” durante a viagem porque ele estava com pouco dinheiro, mas que não houve relação da igreja com essas despesas.

“Ao longo da viagem, a gente foi cooperando com ele. Ele pagou algumas coisas, ele estava com pouco dinheiro, alguns lanches nós rateamos, outros lanches não. Além disso, nós não tivemos participação em nada disso aí”, afirmou à coluna. “Isso é financiar a ida de alguém? Não é. Financiar é quando você está dizendo que todas as despesas, transporte, comida, almoço e janta eram por minha conta, aí seria financiar. E mesmo que alguém fosse financiar, não é da conta de ninguém não”, disse Almeida.

Já Debora Candida Gimenez, uma moradora de Xinguara (PA) relatou ser frequentadora da Assembleia de Deus e que integrantes da denominação religiosa participaram da caravana na qual ela viajou a Brasília, mas não deu detalhes sobre o responsável pelo financiamento.

Além desses, Edinilson Felizardo da Silva, preso de Uberlândia, apontou o financiamento de uma igreja para ir até Brasília. Ele também não cita a denominação; e o Pastor Thiago Bezerra, da igreja Amor Supremo, de Goiânia, que é apontado como um dos incitadores dos atos golpistas por manter um grupo de bolsonaristas no Telegram.

A CPMI do 8 de janeiro foi instalada no dia 25 de maio. O deputado federal Arthur Maia (União-BA) foi designado para a presidência do colegiado, enquanto a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) é a relatora.

Com informações de UOL

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