Igreja destruída na comunidade meitei, no estado Manipur, na Índia (Foto: Portas Abertas)
Igreja destruída na comunidade meitei, no estado Manipur, na Índia (Foto: Portas Abertas)

A violência no estado de Manipur dura meses e um dos principais motivos dela é a luta para ter independência da Índia. Outro fator é a presença de diversas etnias como meitei, kuki, naga e pangal, que lutam para preservar a autonomia cultural.

Os conflitos entre os meitei e kuki começou porque o governo indiano incluiu o povo meitei na lista de povos indígenas, assim teriam direitos especiais, como a posse de novas terras nas montanhas, áreas habitadas pelos kuki.

Durante os protestos violentos das duas etnias, cristãos foram agredidos e mortos e tiveram suas casas, igrejas, escolas e outras propriedades destruídas. O irmão Viren (pseudônimo) testemunhou: “Muitas igrejas foram queimadas na nossa frente e tem sido muito difícil ver isso se desenrolar diante de nós. Queremos ser fortes. Ore para que Deus nos ajude”.

Os conflitos já provocaram a morte de ao menos 120 cristãos, a destruição de mais de 380 igrejas e 1.000 casas e ataques a 250 aldeias. Além disso, há 60 mil pessoas deslocadas no país, lutando diariamente para sobreviver sem comida, água e moradia.

Um estado independente

Em 24 de outubro, líderes dissidentes de Manipur declararam a independência, enquanto estão exilados na Grã-Bretanha. O ministro das Relações Exteriores do Conselho de Estado Autoproclamado, Narengbam Samarjit, disse que deseja o reconhecimento da ONU e de outros países.

Desde que Manipur foi anexada à Índia em 1949, houve campanhas separatistas violentas. Essa situação incerta favorece a perseguição de cristãos, porque a motivação de intolerância religiosa pode se escondes atrás de conflitos políticos.

Fonte: Portas Abertas

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