A Líbia é o país mais fechado ao evangelho do Norte da África e ocupa a 4ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, atrás somente de Coreia do Norte, Afeganistão e Somália.
Os principais tipos de perseguição que operam no país são: opressão islâmica, antagonismo étnico, e corrupção e crime organizado.
Desde a queda do presidente Gaddafi, em 2011, vários grupos radicais islâmicos ganharam influência e controle sobre a sociedade, gerando uma maior opressão islâmica.
Em seu modo de pensar, não há lugar para o cristianismo. Assim, tanto convertidos a Cristo como migrantes cristãos da África Subsaariana estão em risco.
No geral, a sociedade não apoia os cristãos. O antagonismo étnico se manifesta pelo fato de a sociedade líbia ser conservadora e tribal. Por isso, os migrantes subsaarianos são discriminados e a conversão do islamismo ao cristianismo não é vista somente como uma traição ao islã, mas também à família e à tribo.
Alguns grupos militantes atuam como grupos criminosos organizados ao se envolver em tráfico de pessoas e outras atividades criminosas. Há relatos de que migrantes cristãos da África Subsaariana são especialmente maltratados.
Nesse contexto, os grupos militantes islâmicos são a principal fonte de perseguição na Líbia, onde os cristãos são uma minoria muito pequena. A maioria deles é de estrangeiros subsaarianos em busca de emprego ou de meios de alcançar a Europa, atravessando o Mediterrâneo.
Pressão social e perseguição por familiares também são desafios que os cerca de 150 cristãos ex-muçulmanos nativos enfrentam.
O estado de anarquia e guerra civil piora ainda mais a situação para os cristãos, pois cria um ambiente de impunidade, em que militantes islâmicos podem atacar cristãos sem medo de sofrer nenhuma consequência por isso.
Formas de perseguição
Pessoas comuns que aceitam interpretações intolerantes e extremistas do islã também contribuem para a perseguição dos cristãos, especialmente nas esferas da vida privada, familiar e comunitária.
Os cristãos ex-muçulmanos enfrentam o maior perigo entre os membros da própria família, que consideram a conversão uma traição, que traz desonra à família e ao clã.
Quanto aos imigrantes, eles podem ser sequestrados por grupos criminosos em troca de resgate; muitos deles são vendidos como escravos e muitas mulheres enfrentam assédio e abuso sexual.
Apesar do contexto opressor, trabalhadores migrantes têm permissão para ter suas igrejas, mas nenhum líbio pode frequentá-las. Assim, cristãos estrangeiros desfrutam de certa liberdade, enquanto africanos nativos não árabes enfrentam perseguição dupla: racial e religiosa.
A forma de perseguição que mais atinge mulheres e meninas é importunação e abuso sexual. Além da dor física e emocional que esse tipo de ataque causa nas vítimas, o trauma causado à família, amigos e comunidade cristã é muito alto.
Quanto aos homens, trabalho forçado e algumas formas de escravidão são manifestações comuns da perseguição que enfrentam.
Outras expressões de perseguição contra os homens são agressão física e tortura. Todas essas informações evidenciam a necessidade de oração e envolvimento em prol da Igreja Perseguida da Líbia. Ore pela Líbia.
Fonte: Missão Portas Abertas