Os padres da Arquidiocese da Paraíba estão proibidos, a partir de agora, de estar na companhia de menores e de adultos vulneráveis desacompanhados dos pais ou responsáveis, na casa paroquial, no carro paroquial ou em outros ambientes reservados.

O decreto foi assinado pelo arcebispo metropolitano da Paraíba, Dom Manoel Delson, nessa quarta-feira (6), e apresentado aos sacerdotes que atuam no estado. 

No último mês,  a Justiça do Trabalho condenou uma Arquidiocese da região a pagar  indenização de R$ 12 milhões por casos de exploração sexual cometidos por padres contra menores de idade.

Segundo a investigação, quatro padres da Basílica Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa, teriam abusado sexualmente de flanelinhas, coroinhas e seminaristas, em troca de dinheiro e comida, entre os anos de 2009 e 2014.

A medida foi tomada para proteger crianças, adolescentes e adultos vulneráveis de serem vítimas de abuso sexual e promover um ambiente seguro dentro da igreja, de acordo com o arcebispo que assinou o documento.

O documento esclarece que o atendimento espiritual a menores, principalmente confissões, precisa ser realizado em confessionários ou em outros locais adequados que possam garantir segurança e visibilidade.

Além disso, durante as atividades religiosas organizadas pelas paróquias, é proibido oferecer alojamento a crianças, adolescentes e adultos vulneráveis desacompanhados dos pais ou responsáveis.

Caso qualquer sacerdote seja suspeito de cometer qualquer um desses atos, o arcebispo garante que o exercício do religioso e de sua pastoral pode ser limitado até que as acusações sejam esclarecidas.

O documento ainda pede que as  igrejas colabore com as investigações de sacerdotes que estejam sendo acusados de cometer abuso sexual e pede que a Arquidiocese da Paraíba seja comunicada do acontecido o quanto antes.

Dom Delson ainda lembra os padres que condutas de abuso sexual de crianças, adolescentes e adultos em situação vulnerável é crime com punição na Justiça Estatal e Canônica.

A Igreja Católica enfrenta uma das piores crises da sua história, após diversos casos de abuso sexual cometidos por padres e bispos virem à tona nos últimos meses. 

Fonte: Último Segundo

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