O diário mexicano “Reforma” transcreve, em sua edição de sábado, 7, depoimento de evangélicos que atribuem o aumento do número de pastores e a diminuição de curas católicos às falhas cometidas pela Igreja Católica e à pouca participação dos fiéis.

“Evidentemente, a militância evangélica é mais participativa, digamos mais ativa, para com sua Igreja”, afirma o jornal.

A matéria da jornalista Leslie Gomez publica declarações do pastor Ricardo Moreno, que afirma: “A Igreja Católica perdeu muito por causa de algumas falhas, não só na tarefa de evangelizar, mas na má conduta de alguns sacerdotes”.

A Direção Geral de Associações Religiosas da Secretaria do Interior registra pouco mais 19 mil ministros de culto católico, que, em teoria, atendem em torno de 90 milhões de fiéis batizados, o que significaria mais de 4,7 mil fiéis por cura. Historicamente, o México é o país mais católico da América Latina.

O leigo evangélico e integrante da Ordem Nacional de Advogados Cristãos, Oscar Moha, disse para o jornal “Reforma” que o número de pastores é ainda muito maior do que oficialmente reportado, embora muitos deles não tenham uma boa formação acadêmica e profissional.

Outro motivos citado pelo jornal para justificar a queda do número de vocações católicas e o aumento das evangélicas diz respeito ao tempo de preparação de um e de outro. O sacerdócio católico requer nove anos de estudo e prática, enquanto o pastorado exige no máximo cinco anos.

O presidente da Sociedade Bíblica do México e pastor evangélico, Abner López, assegurou ao jornal que a forma de evangelizar das comunidades evangélicas é muito mais direta que a da Igreja Católica Romana.

Fonte: ALC

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