Os fiéis de uma paróquia de Florença,na Itália, pediram a intervenção do Papa Bento XVI após denunciarem os abusos cometidos contra menores e mulheres durante anos pelo pároco, agora afastado dessa igreja, publicou neste domingo o jornal “La Repubblica”.

Os fatos começam em 1975 e implicam o sacerdote, agora octogenário, Lelio Cantini, pároco de Reina da Paz, na periferia de Florença.

Também está envolvida uma “profeta” que dizia ter visões de Jesus, as quais serviam para a seleção “dos escolhidos”.

As imposições do “prior”, como se denominava o pároco, eram as “adesões totais com Deus”, que aconteciam através de relações sexuais, segundo as denúncias das vítimas.

As vítimas não apresentaram processos à Justiça, já que muitos dos supostos delitos já prescreveram, segundo os advogados, mas denunciaram o caso perante a cúria de Florença no final de 2004.

A resposta foi a mudança do sacerdote em 2005 “por motivos de saúde” a outra paróquia, segundo o “Repubblica”.

O castigo considerado insuficiente motivou um primeiro relatório ao Papa escrito pelas vítimas no qual se juntava a denúncia de vinte pessoas que tinham sofrido abusos do “prior”.

Após um processo eclesiástico administrativo, o sacerdote Cantini foi proibido de receber confissões, celebrar missas em público e assumir cargos religiosos em cinco anos.

Além disso, durante um ano deverá fazer um oferecimento caridoso e recitar a cada dia o salmo 51 ou a litania de Nossa Senhora, segundo a informação obtida pelo jornal.

As vítimas acham que essas punições são insuficientes e voltaram a escrever ao Vaticano para que abra “um processo penal judicial” e aplique todas as sanções previstas no ordenamento eclesiástico.

Fonte: EFE

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