Os esforços de grupos terroristas para islamizar a República Democrática do Congo têm levado cristãos à morte no país. (Foto: World Watch Monitor)
Os esforços de grupos terroristas para islamizar a República Democrática do Congo têm levado cristãos à morte no país. (Foto: World Watch Monitor)

Um grupo extremista de milicianos da facção CODECO matou, nesta terça-feira, 18 civis em uma igreja de Banyali Kilo, distrito da província de Ituri, no leste da República Democrática do Congo. O massacre aconteceu enquanto as vítimas dormiam no local, depois de fugirem de ataques anteriores do grupo paramilitar.

Um dos sobreviventes do ataque, Augustin Kolo, dormia com sua família na igreja quando ouviu gritos vindos do lado de fora do local. Em uma reação de desespero, o homem rapidamente levantou e acordou sua esposa e filhos para saírem de lá.

“Foi assim que fomos salvos, enquanto 18 de nossos irmãos e irmãs foram mortos. Dói muito. Estamos duplamente feridos desde que deixamos nossas aldeias e depois o CODECO nos seguiu até aqui”, disse Kolo a jornalistas da agência Reuters.

No dia 2 de fevereiro, a mesma facção matou 60 pessoas em um campo de refugiados também em Savo, perto de Bule, também na província de Ituri.

Rica em importantes recursos minerais, a região Leste da República Democrática do Congo, onde a atuação do governo é praticamente nula, reúne cerca de 120 grupos armados, um legado catastrófico das guerras civis dos anos 1990.

Há ainda a presença de forças da missão de paz da ONU no Congo, a Monusco, que presta apoio às forças do governo contra as milícias. Criado em 2018, o CODECO (Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo) é uma dessas milícias que operam no leste do país, uma área de tensões por disputas de terras e recursos.

Fonte: O Globo

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