A Conferência do Episcopado Mexicano criticou o uso da imagem da “Virgem de Guadalupe” por integrantes da esquerda em suas mobilizações para contestar uma suposta fraude nas eleições gerais do dia 2 de julho.

A Igreja condenou ainda a tentativa de invadir a missa do último domingo na catedral metropolitana, celebrada pelo cardeal Norberto Rivera.

“Ninguém tem o direito de agredir nem verbal nem fisicamente a espiritualidade de um povo. A violência nunca será uma resposta justa”, ressaltou o Episcopado, em um comunicado divulgado nesta terça-feira em seu site.

Integrantes da coalizão “Pelo Bem de Todos” fazem mobilizações para contestar o resultado da contagem oficial nas eleições que deu a vitória ao candidato conservador e governista Felipe Calderón, por uma diferença de 0,58% sobre Andrés López Obrador, candidato da esquerda.

Obrador impugnou as eleições e exigiu uma recontagem total dos votos, mas o Tribunal Eleitoral ordenou uma recontagem parcial, de 9% dos votos.

No sábado, a esquerda fez uma marcha até a Basílica de Guadalupe, principal santuário católico nacional, levantando faixas da santa e gritando “voto por voto, urna por urna”.

Bispos mexicanos exigiram “respeito às instituições eclesiásticas, pois apenas dessa forma a união de que os mexicanos precisam poderá ser conquistada”.

O sacerdote Antonio Roqueñí disse que a esquerda “não deveria misturar religião com política”.

O especialista em religião Elio Masferrer afirmou que os simpatizantes de Obrador “não deveriam interromper um ato litúrgico, pois é uma falta de educação”.

Fonte: Ansa

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