Realizou-se ontem no Mosteiro de Montserrat, na cidade espanhola de Barcelona, um ato com personalidades internacionais procedentes de diferentes tradições religiosas e da sociedade civil para afirmar que “as religiões jamais devem ser origem de confronto; e sim de conciliação”.

Os participantes do evento assinaram a chamada “Declaração de Montserrat”, em que pedem aos líderes políticos e religiosos para que reforcem seu papel como “protagonistas da paz e da compreensão mútua”.

Na declaração, lê-se que “a informação enganosa sobre a origem dos conflitos exige uma análise inequívoca sobre a relação entre os sentimentos religiosos e a violência, para avançar rumo à construção de paz mediante a prevenção e a resolução pacífica”.

Os signatários da Declaração afirmam que “os conflitos dramáticos do Oriente, como também em outros lugares do mundo, requerem soluções a partir da conscientização e do engajamento da sociedade civil, que deve exigir das autoridades que empreendam ações e adotem medidas políticas”.

Os líderes religiosos e civis pedem ainda que se supere “as idéias falsas, os estereótipos, a linguagem tendenciosa e os conceitos que a mídia difunde e com freqüência os líderes irresponsáveis reproduzem. Devemos rebater as atitudes que propõem a idéia de um vínculo entre religião e violência, extremismo e inclusive terrorismo”.

Entre os signatários, estão o presidente da Fundação para o Diálogo entre Civilizações e ex-presidente da República do Irã, Mohammad Jatami; o Catholicos da Igreja Armênia Ortodoxa e presidente do Conselho de Igrejas do Oriente Médio, Aram I; o Rabino francês René-Samuel Sirat; o presidente da Fundação Cultura de Paz e ex-diretor geral da UNESCO, Federico Mayor Zaragoza; e o secretário-geral da Conferência Mundial de Religiões para a Paz, William F. Vendley.

Fonte: Rádio Vaticano

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