No último dia 5 de março, o Egito legalizou 156 igrejas e lugares de culto, totalizando 783 locais religiosos aprovados, segundo o site Egypt Independent.
Desde 2016, mais de 3.700 igrejas entraram com pedido de legalização de acordo com uma nova lei que foi implementada com o objetivo de facilitar o estabelecimento e construção de igrejas no país.
Um gabinete começou a trabalhar nos pedidos em outubro de 2017, mas o progresso nas legalizações tem sido lento. O Egito tem aproximadamente 5.000 igrejas sem licença oficial, das quais a maioria é copta ortodoxa.
Algumas igrejas estão esperando oficialização há mais de 20 anos e por isso são alvo de ataques das multidões regularmente.
Após ataques de muçulmanos em agosto do ano passado terem forçado o fechamento de oito igrejas cristãs, um ativista de direitos humanos disse que opositores à presença cristã no Egito estavam agindo impunemente e que “a não implementação da lei trouxe uma gangue de extremistas que se tornou acima da lei”.
Enquanto isso, o grande imã da universidade Al-Azhar no Cairo, Ahmed el-Tayeb, convocou os muçulmanos do país a abraçar os cristãos como “parceiros da nossa nação”. A declaração foi feita durante uma cerimônia televisionada na capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi, no mês passado, como informa a agência Reuters.
O analista da Portas Abertas, David Curry, disse que isso foi um desenvolvimento positivo, mas acrescentou que “não significa que podemos dizer que o Egito mudou de linha ou que de alguma forma tudo está bem e não precisamos mais nos preocupar com os cristãos egípcios”.
O Egito ocupa a 16ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019.
Fonte: Portas Abertas